Augusto o encara ressabiado. Deveria acreditar num moleque que até então só sabia gastar o dinheiro do pai com mulheres e viagens? Estava cansado de ouvir reclamações sobre seu comportamento. Contudo, soubera que se saíra muito bem com alguns investimentos, apesar dele nem desconfiar que tudo acontecia com o seu consentimento.
— O que o faz ter tanta certeza de que perderemos a colheita? E por que está se mostrando tão preocupado somente agora?
— Já lhe disse. Acabei de chegar de Nova York e tudo o que temos também me pertence. Nada mais justo que me preocupe e não queira perder dinheiro.
— Tem algo mais, Ângelo. Sei que tem. Diga agora ou não te ouvirei mais.
— Está bem. Investi em ações na América e, por causa da crise que estão vivendo, perdi tudo da noite para o dia.
— Quanto?
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