Eu sorri sem graça. Ele estava se declarando para mim. Aqui, ajoelhado, com um olhar apaixonado, seus olhos em tons rubros. Eu não podia deixar de estar emocionada, tremendo.
— Seus pais aprovaram meu pedido. E eu a trouxe aqui, pois é um local muito especial para mim. É muito bonito aqui, mas não mais belo que você. Eu somente desejo que a natureza, a lua, e as estrelas sejam testemunhas do quanto eu a amo, o quanto eu a quero. Então... — Ele se encaminhou ajoelhado, e apanhou minha mão direita que tremia mais do que um terremoto. — Deseja ser minha namorada?
Eu o encarei absorta, sem pronuncias.
— Amor? — Ele retornou sua vigilância.
— S-sim. — Eu gaguejei, mas pelo menos eu disse a palavra certa.
— Nossa... — Ele respirou com dificuldade. Agarrou minha mão, depositou um suave beijo, sem retirar seu olhar intenso de meu rosto.