Dominic Castellano.Quando se aproximou novamente, percebeu a tensão em meu rosto.— T-Taehyung? — Sua voz saiu hesitante.Não lhe dei tempo para continuar. Segurei seu pulso e o puxei com firmeza, caminhando rapidamente para o banheiro do shopping.— E-Espera, devagar. — Protestou, tentando acompanhar o ritmo, mas minha fúria queimava como veneno correndo nas veias.Empurrei a porta do banheiro masculino e fiquei satisfeito ao encontrar o espaço vazio. Entrei rapidamente em uma das cabines, trancando-a com um clique antes de pressioná-lo contra a porta.Minha mão deslizou para o pulso dele, segurando-o com firmeza. Seus olhos arregalados refletiam confusão e apreensão.— Você me decepcionou, Asher. Me diga, o que passou pela sua cabeça ao atender aquela ligação? — Minha voz era baixa, mas cortante.Abriu a boca, hesitante, mas não conseguiu formular uma resposta.— No meio do nosso encontro, você deu atenção à outra pessoa. Como acha que isso me fez sentir? — Sussurrei, aproximando-m
Dominic Castellano.Desviei o olhar rapidamente e o vi. As lágrimas escorriam livremente por seu rosto, os ombros tremendo enquanto lutava para respirar entre os soluços.— Por favor, Taehyung. — Implorou, a voz fraca e trêmula. — Está doendo… Por favor… Eu sinto muito. Errei ao atender a ligação… Por favor, me perdoa.Seus olhos vermelhos e inchados encontraram os meus por um instante antes de desviar, visivelmente envergonhado. Meu peito apertou, mas não por piedade. Havia algo fascinante em vê-lo assim, completamente vulnerável.Um sorriso contido surgiu em meus lábios enquanto mantinha os olhos na estrada.— Não. Não vou te aliviar, Asher. Se eu ceder tão facilmente só porque está chorando, você fará isso de novo.Sacudiu a cabeça rapidamente, as lágrimas caindo ainda mais depressa.— Eu prometo… Prometo que não vou repetir esse erro. — Sua voz embargada, mas havia uma urgência sincera ali. — Por favor, Taehyung, por favor. Não consigo suportar até chegarmos em casa. Eu imploro.S
Liam Carter.Sábado.21:50 - Bar - Castellano City.Guardei o celular no bolso, soltando um suspiro pesado antes de me virar para Jack e Sophia.— Ele disse que não vem.Sophia revirou os olhos, um traço de frustração cruzando seu rosto enquanto dava um gole na bebida.— Pelo menos saiu de casa. Queria tanto conhecer o cara com quem ele está saindo.— Deixa ele se divertir. — Jack respondeu, relaxado.Faz quatro anos que conheço Asher. Desde que começou a trabalhar na lanchonete, algo nele me atraiu. Admito que, no início, quis mais do que amizade. Senti algo forte, uma conexão que me fez querer tentar. Mas ele recusou gentilmente, porém firme. Disse que não queria um relacionamento.Demorou até eu entender o motivo. Quando soube que seu ex-namorado o traiu com a própria mãe, o choque me paralisou. Aquilo explicava muita coisa: o receio de se envolver, a preferência por encontros casuais sem compromisso, a distância emocional que mantinha de todos.Ainda assim, não pude evitar um leve
Liam Carter.Jack se contorceu, puxando os braços numa tentativa inútil de escapar das correntes que o mantinham suspenso. O pânico estampado em seu rosto se intensificou quando a ponta da faca pressionou sua pele. Seu corpo inteiro enrijeceu, como se a dor já tivesse tomado conta antes mesmo do corte acontecer.— NÃO! POR FAVOR! — Sua voz quebrou em desespero, as lágrimas escorrendo sem controle.O sorriso frio no rosto do torturador permaneceu intacto. Como se estivesse saboreando a cena, inclinou levemente a lâmina, deslizando-a com lentidão pelo braço de Jack. O corte, embora superficial, fez o sangue brotar de imediato, escorrendo em filetes finos antes de pingar no chão de concreto.— AHHH! — Gritou, o corpo inteiro se retorcendo, lutando contra algo impossível de vencer. O desespero dentro de mim crescia, se espalhava como um veneno, mas eu não podia fazer nada.— Eu avisei. — A voz dele era calma, quase entediada. Pegou um pano sujo, limpando a lâmina com um movimento meticulo
Dominic Castellano.O cheiro metálico do sangue impregnava o ambiente, misturando-se aos gemidos baixos e soluços contidos. Observei-os, pendurados como presas indefesas, os rostos marcados por lágrimas e suor. O cenário era quase reconfortante. Cada peça do meu plano se encaixava perfeitamente. Em breve, Asher não teria mais ninguém além de mim.Meus pensamentos foram interrompidos quando Jack decidiu falar, a voz trêmula, repleta de desespero.— V-Você pretende se livrar dos pais dele também? J-Já que vieram atrás de perdão...O sorriso que se formou em meus lábios foi involuntário, carregado de pura malícia. Antes que pudesse responder, Liam soltou um grito sufocado.— Você matou os pais do Asher!? — Sua incredulidade ecoou pela sala, carregada de choque e terror.Dei de ombros, indiferente ao peso de minhas próprias palavras.— Não foi nada demais. — Minha voz soou despreocupada. — Mas pode acontecer com vocês, se continuarem me aborrecendo.O silêncio que se seguiu era a confirma
Asher Bennett.15:30 - Mansão do Dominic- Quarto - Castellano City.Domingo.O calor suave dos lençóis me envolvia, mas minha mente já estava desperta antes mesmo de abrir os olhos. Pisquei algumas vezes, ajustando a visão enquanto observava o quarto ao redor. Tudo estava quieto, sereno, mas o espaço vazio ao meu lado na cama trouxe uma sensação estranha de ausência.Onde ele está?Me sentei devagar, um incômodo percorrendo minhas coxas e a região entre as pernas, ainda sensíveis dos acontecimentos da noite passada. Suspirei, puxando os joelhos contra o peito e apoiando a cabeça neles, tentando afastar as lembranças. Mas era impossível.O olhar dele, frio e decepcionado, ecoava em minha mente.Você me decepcionou, Asher.Engoli em seco, sentindo o peito apertar. Ele estava certo. Por mais que doesse admitir, estraguei nosso primeiro encontro. Depois de tanto tempo sem viver algo assim, consegui transformar um momento especial em um erro. Por que atendi aquela ligação? Poderia ter espe
Asher Bennett.14:20 - Mansão do Dominic- Sala de jantar- Castellano City.Domingo.Não respondeu. Somente inclinou-se, seus lábios quentes percorrendo meu pescoço, deixando um rastro de arrepios. As mãos deslizaram sob minha camisa sem pressa, os dedos explorando minha pele como se quisessem memorizar cada detalhe. Suspirei, meu corpo instintivamente relaxando contra ele.Sua palma deslizou para dentro da minha calça, envolvendo meu pau, que já respondia ao toque. Um gemido baixo escapou dos meus lábios antes que pudesse controlá-lo.— Quero te foder, bebê. — Murmurou contra minha orelha, mordiscando-a suavemente.Meu coração acelerou e o desejo percorreu minhas veias como fogo líquido.— S-Sim… — Respondi num sussurro quase inaudível.Um sorriso satisfeito surgiu em seu rosto.— Quero que faça como fez no carro. — Continuou, sua voz carregada de luxúria. — Monte em mim.Um arrepio percorreu minha espinha quando apertou meu pau com mais firmeza. Apenas a ideia de sentá-lo já fazia me
Asher Bennett.06:20 - Mansão do Dominic- Quarto - Castellano City.Segunda-Feira. O som irritante do alarme do celular me despertou. Resmunguei, me encolhendo sob os lençóis enquanto minhas mãos procuravam automaticamente pelo calor familiar ao meu lado. Meus braços envolveram um corpo quente e firme, meu rosto se aconchegando contra a pele macia.Abri os olhos devagar, piscando algumas vezes para me ajustar à luz suave que filtrava pelas cortinas. Meu coração bateu em um ritmo calmo e reconfortante ao encontrar Taehyung ali, deitado ao meu lado. Ele está dormindo? Difícil dizer, já que sempre despertava antes de mim.O toque insistente do alarme me arrancou do momento de tranquilidade, me fazendo soltar um suspiro frustrado. Me ergui, sentindo o corpo ainda um pouco preguiçoso e dolorido da noite anterior. Me inclinei sobre ele, tentando alcançar o celular na escrivaninha ao seu lado, quando senti as mãos firmes apertando minha cintura.Um pequeno sobressalto percorreu meu corpo, o