"Você é um lunático! É isso que você é!" gritei. "Você atravessa para o lado inimigo, uiva como um idiota apaixonado e agora se deita no sol esperando que ela venha? Você quer começar uma guerra ou só morrer com classe?"
Silêncio.
Mais um segundo de provocação. E então… ele riu.
Não com som. Mas com aquele sentimento quente e arrogante de escárnio no fundo da alma compartilhada.
“Você fala demais, humano.”
"Finalmente, porra!" rosnei. "Tá me ouvindo, então? Me responde: que diabos você acha que tá fazendo?!"
“Fazendo o que você não tem coragem de fazer. Sentindo o que você tenta enterrar. Indo atrás do que é nosso.”
"Ela não é nossa, Fenrir! Você nem sabe quem ela é!"
“Mas meu instinto sabe. Minha alma reconhece. Ela é… algo que o tempo não apagou.”
"Ah, ótimo! Poético agora?! Isso aqui não é uma lenda, é guerra! Eles vão nos rasgar em pedaços se nos virem aqui!"
“Então que venham.”
Ele abriu os olhos lentamente e olhou, mais uma vez, para dentro da floresta. O sol fazia os olhos dele