Mariana já não sentia a antipatia inicial por Patrícia, pelo contrário, colocava nela uma grande confiança:
— Sinto que minhas pernas melhoraram muito recentemente. Ontem, consegui ficar de pé com ajuda de muletas por alguns segundos. Quando sair o resultado, você pode me informar se já podemos fazer a cirurgia?
Patrícia respondeu calmamente:
— Não há pressa, se deite primeiro para eu aplicar a injeção.
— Certo.
Mariana confiava muito nela, ansiando por se recuperar logo, até o medo da dor estava superando.
— Você parece bem jovem, mas sua habilidade médica é impressionante. — Disse Mariana, de bom humor, puxando conversa.
— É razoável.
— Você é muito modesta. Se você me curar, definitivamente vou agradecer muito. — Perguntou Mariana, suportando a dor. — Quanto tempo você acha que falta para eu poder ficar de pé?
— Logo. — Respondeu Patrícia, aplicando a injeção habilmente e olhando para ela. — Está tão ansiosa para ficar de pé?
— Claro, é como um cego que passa a vida buscando a luz.