Teófilo respondeu com franqueza:
— Desculpe, isso eu não posso fazer. Minha vida também não me pertence, Marcos. Sei que você me odeia e me ressente, mas agora é tarde demais, Hélio também não pode ser trazido de volta.
— Então por que você continua fingindo ser bom? Se vai me matar, mate. Se vai me cortar, corte. De qualquer maneira, eu não posso escapar.
Teófilo balançou a cabeça:
— Você é seu irmão, eu não vou te machucar.
Marcos deu uma risada sarcástica:
— Hipócrita.
— Marcos, nós temos o mesmo sangue, nascemos da mesma família.
— Eu só tenho um irmão. — Disse Marcos, e então fechou os olhos, se recusando a olhar.
Teófilo já esperava essa reação e não se importava:
— Você não está seguro aqui. Vou te levar para longe.
— Não me toque!
— Foi você quem agiu contra Jorge. Você acha que a família Botelho iria tolerar você? As pessoas da família Botelho não iriam, e as da família Martins, menos ainda.
Ao ouvir isso, Marcos finalmente se virou para olhar para ele:
— O que você sabe?