Derek
Ser isca é uma coisa fácil de se fazer, está no Central parque, em sua forma de lobo, quando você sabe que um dos idiotas estão aqui te vigiando. É moleza.
E claro se deixa ser pego pelas balas de prata com sangue vampiro, onde você pode morrer não é nada legal, a dor é absurda, mas eu preciso entrar no local onde eles estão fazendo experimentos.
Acordo em uma cela pequena e as barras são feitas de prata e pelo o cheiro tem sangue de vampiro na sua composição. Esperto, mas não vai adiantar muito.
Eu rosno contra as amarras que estão no meu pulso, onde me mantém contra a parede, o cheiro desse lugar não me trás nada de bom, e uma notícia ruim. Minha companheira não está aqui.
Onde você está? Eu me pergunto novamente, a mesma pergunta que está na minha cabeça desde que a encontrei.
Olho minha palma da mão e sinto o chip de baixo da minha pele. Eles estarão aqui logo, mas primeiro tenho que encontrar a loba Montgomery.
Eu puxo meus pulsos com força, e a corrente se quebra, eu rosno alto para chamar atenção, e sorri quando escuto os guardas chamando ajuda.
Caminho até a barra, e uso minhas mãos para empurrá-las do chão, e com sorriso satisfeito, eu saí da cela, e me transformo no momento que dois idiotas entraram no local onde contém algumas celas.
Eu rosno e ataco, como uma fera que sou. Com rapidez e uma eficiência que só minha espécie tem. Arrasto o corpo para longe da porta, e ignoro as memórias que vem na minha mente.
Memórias que não são minhas, memórias das pessoas que matei, e as vendo com nitidez, não tenho pena desses caras. A morte deles foi muito rápida, eu concluí com insatisfação.
Eu volto a minha forma humana, e pego as chaves do guarda que estão no chão, e caminho até as celas, abro porta por porta. Liberto lobo, e vampiros que estão aqui.
Eles estão mal, mais uma noite nesse local, eles não estariam vivos. E o medo que minha companheira esteja morta me abala, mas eu descarto essa ideia, se ela estivesse morta, eu sentiria, e bom. Viraria uma arma para matar qualquer um que estivesse na minha frente.
Seria pior que meu pai.
Uivo quando sinto o cheiro da minha companhia na penúltima cela, mas ela está vazia e tem sangue no chão, e eu luto para permanecer sã.
Pelo o que posso perceber não faz muito tempo que ela esteve aqui. Tão perto e agora tão longe.
Vou até a última cela, e vejo a pessoa que vim salva, ela é magra pequena, seu rosto está machucado, seus pulsos presos na parede da cela, mas quando vejo seus olhos escuros, sei que ela não está se dando por vencida.
– Meu irmão o mandou. – ela diz sorrindo. Eu vou até ela, e puxei as correntes da parede, e depois quebro as que estão em volta do seu pulso.
– Sim. – É tudo que digo.
Eu a puxo para ficar de pé e ela se estabiliza depois de alguns segundos, ela está fraca, seu corpo está cheio de sangue vampiro, ele o mantém assim, tranquila sem força para continuar.
Eu odeio esses caras.
Eu suspiro quando um sinal de alarme chega até mim, e eu sei que mais idiotas estão vindo até aqui. Mas eles vão encontrar a morte em minhas mãos.
–Vamos – Eu digo olhando para ela e ajudo em direção a porta, nós passamos por alguns guardas mortos.
Já que alguns vampiros e lobos já tiveram o prazer de matá-los, eles estavam com ódio e com o foco de fugir se tornaram mais mortais. Ninguém fica no nosso caminho.
Eu rosno e a puxo para os meus braços quando um tipo de gás é lançado no corredor e eu vejo vampiro e lobo lutar para se manter de pé.
Eu adianto mais meus passos e quando estou na última porta, fico com raiva quando vejo que ela é eletrificada, eu a coloco no chão. E uso minhas mãos para afastar as barras apesar do choque.
Eu saí e desviei de um tiro, e salto para cima do guarda, e quebrei seu braço, e com uma mordida, o mato, e sorriu quando mais deles vieram na minha direção.
Deixo meu lobo sair, afinal ele está com fome. Não demora muito para todos estarem mortos e os rastros de sangue estão por toda parte, meu lobo gosta de uma grande demonstração de força.
Eu viro e olho para Ava Montgomery, ela está de pé com os olhos arregalados, seu lobo está lutando para resistir ao sangue vampiro em seu corpo. E eu posso ver que ela é forte como um lobo que pertence a sua família.
– Vamos. Sinto que meus irmãos estão aqui. Olhe para frente – Ela diz, incomodada de está nua. Imagino que isso não é normal para ela. Não é fácil virar lobo nesta cidade.
– Eu tenho uma companheira – eu digo para deixá-la confortável, é o que minha mãe ensinou, e ela odiaria pensar que fui insensível, diferente do meu pai, que isso era besteira para ele.
– Parabéns. Deve ser maravilhoso. – Ela diz e eu sinto um pingo de inveja em sua voz.
– Não sei. Ela foi sequestrada pela CEPO como você. – Eu rosno ao lembrar desse fato. E tento manter meu lobo quieto, mas fica difícil.
– Sinto muito. Aqui não é um bom lugar. – Ela diz e eu viro o corredor e peguei o guarda pelo o pescoço e laço pelo o ar.
Eu passo por cima do corpo morto, e abro a porta, e juntos descemos as escadas rapidamente, e eu sorri quando sinto os vampiros e lobos acordando lá em cima. Alguém impediu que o gás continuasse se espalhando.
Nós saímos no hall de entrada, e vejo lá todos os malditos Montgomery, eles podiam fazer isso sem minha ajuda. Idiotas do caralho.
– Você tem nossa confiança. – Falou Astra Montgomery.
– Ela estava aqui. Não ligo para porra da confiança. A quero. – Eu falo impaciente.
– Ela foi transferida. Vai ser vendida no leilão, eu escutei quando a transportaram para longe das celas. – Ava fala pegando o vestido que seu irmão lhe dá.
– Eu fiz o que me foi imposto, agora é a vez de vocês. – Eu digo encarando o líder dessa matilha disfuncional.
– O que um Montgomery prometer, um Montgomery cumprir. – Andrew diz.
– Vamos cair fora daqui. Todos já estão fora. Dante já está aqui levando os seus, e os lobos já fugiram como ratos que são. Esse lugar vai explodir. E eu não quero estar aqui quando isso acontecer, vai ser quente! – Diz o Montgomery mais novo. Deus, odeio como ele tem o humor de Brian e seu pai Jack, dois palhaços.
Eu ignoro todos e sai pela a porta da frente e reviro os olhos quando vejo a limusine lá fora. Eles entram e eu reluto, mas acabo entrando também. E pego uma mochila no momento que é lançada em minha direção.
– Amo todo esse exibicionismo, mas já chega. Vista – Astra diz e eu seguro um rosnando e começo a me vestir.
– Tenho que ver os fogos. – Ava diz, abrindo o teto solar e se coloca em pé entre seus dois irmãos mais velhos.
– Vai ser um estrago. – O palhaço, ou melhor Tony.
Eu os observo com atenção, e vejo que eles são uma família, disfuncional, mas ainda uma família.
– Você será meu convidado especial para o leilão. – Andrew diz depois de um tempo em silêncio.
– Você é o comprando o que meu pai estava falando. – eu digo. Desde que cheguei na cidade queria chamar sua atenção por esse convite, mas não sabia quem era ele, fui no caminho errado, mas chamei sua atenção no final. E não fico satisfeito de tê-lo conseguido.
– Sim. Eu compro para libertar as mulheres e homens que estão lá contra a sua vontade, dou a eles oportunidade de começar uma vida longe do caos. Nossa família faz isso. Sabemos que a justiça falha, por isso que prefiro a minha. – ele diz.
– Você me trouxe até aqui, não para salvar sua irmã e muito menos atrás de aliados, pessoas como você não confia em uma matilha, não quando foi caçados pela a que nasceu. Você não vai confiar. – eu falo e ele concorda.
– Não confiamos nos lobos. Eles mataram nossos pais mesmo quando a guerra estava acabada, mas os lobos não se cansaram até matar quase todos Montgomery que restaram, humanos ou não, só meu pai sobreviveu, e ele foi feliz por um tempo quando encontrou nossa mãe. Mas eles foram eliminados, sem misericórdia, isso mostra que os lobos não tem honra. – Astra fala de uma maneira tão fria, que sinto que ela nunca viu calor.
– Hoje não somos mortos porque somos o império – Ava comenta volta para dentro da limusine e senta entre seus irmãos.
– As regras são uma merda, mas as justiceiras vieram para mudar. – Eu falo, pensando na minha mãe, e como elas e as outras lutaram por todos.
– Sabemos. Só preciso que o Supremo Alfa me encontre, Derek Montenegro. – Andrew fala.
Aceite. Trent rosna na minha mente. Ele sempre sabe o que está acontecendo com os lobos.
– Eu aceito. Qualquer coisa pela minha companheira. – eu digo. Estou insatisfeito por pedir isso a Trent, mas ele concordou sem pensar duas vezes.
– Agora, vamos aos preparativos. – Tony animado.
– Sente que fez o trator com o diabo? Se não, sinta porque você fez – Astra pergunta me analisando.
O seu irmão pode ser o líder, mas ela é o que tem o mal encarnado. Ela é a morte.
Bom, ela é como eu, e ter medo da morte não é algo que não tenho, na verdade nunca tive.
Pois nem ela vai me para de encontrar minha companheira, por ela fiz um contrato com o diabo.
Ou seja, nada fora do comum na minha vida.
Agora é hora de perseguir.