Lucas Park
Não, aquilo só podia ser brincadeira. Castillo estava de sacanagem com a minha cara. Não existia a mínima possibilidade de Gabrielle ter ficado bêbada—não a mulher que eu conhecia, não a mulher que detestava perder o controle. E, ainda mais absurdo, não existia chance alguma de ela ter permitido que alguém marcasse sua pele para sempre.
Mas, quando olhei para Castillo, não havia nenhum vestígio de mentira em seu rosto. Pelo contrário. Ele parecia tão constrangido quanto confuso, como se ele mesmo não acreditasse no que estava dizendo. O olhar dele pesava sobre mim como uma advertência silenciosa, e foi então que percebi o celular em sua mão.
Ele o segurava com firmeza, ponderando se deveria me entregar ou não, e aquilo foi o bastante para minha paciência