Gabriel estava à beira da loucura.
Desde pequeno, sempre manteve a postura de um cavalheiro, jamais levantando a mão contra uma mulher.
Mas, pela primeira vez na vida, perdeu o controle.
E não foi apenas um tapa. Foi um massacre.
— Cala a boca!
Ele gritava enquanto esmagava a cabeça de Dália contra a parede.
— Não ouse manchar o nome dela com sua boca suja! Ela me ama! Ela é a pessoa que mais me ama neste mundo!
Sangue espirrou.
Dália já nem conseguia mais rir.
Seu corpo ficou mole, a respiração irregular.
Se não fosse por Davi, que apareceu a tempo e o conteve, ela teria morrido ali mesmo.
— Sr. Macedo, pelo amor de Deus!
Com muito esforço, Davi arrancou Gabriel de cima dela.
Marília ainda não tinha aparecido.
Mas Dália quase morreu.
Davi estava exausto.
— Que inferno de trabalho é esse?
Com o rosto coberto de sangue, Dália foi levada às pressas para o hospital.
Enquanto isso, Gabriel afundou no chão da entrada do salão.
Seus olhos estavam vidrados.
Ele não piscava, não se mexia.
Apen