O céu ainda carregava as primeiras tonalidades de cinza quando a mansão Becker despertou para um dia decisivo. A chuva fina martelava as janelas enquanto Eloísa acendia as luzes do salão principal, transformado em centro de comando improvisado. Documentos empilhados, telas com mapas digitais e cafés ainda quentes indicavam que aquela casa não dormira.
Eloísa reuniu todos ao redor da grande mesa de carvalho. Na parede, um projetor exibia manchetes internacionais:
“Multimilionário desaparece após denúncias de cartel global — investigado pelo cartel Valhalla.”
“Escândalo nos hospitais de Kuala Lumpur: ONG falsificada pela Valhalla desvenda rede de lavagem de dinheiro.”
A voz firme de Eloísa cortou a tensão:
— Essas são apenas duas facetas do que estamos enfrentando. Victor Lars é nosso inimigo local, mas a Valhalla atua em diversos países, em níveis que pensávamos serem inacessíveis. Cada passo que damos precisa considerar essa dimensão global.
Enquanto ela falava, Bianca sentiu o coraçã