Falout

— Ela comeu muita coisa doce durante a gravidez — comento, lembrando das vezes que ele esteve ao lado dela. Embora eu não tenha podido acompanhar totalmente a gestação de Neamir, Ceyas esteve lá em muitos momentos.

Aperto sua mão, e ele me sorri, sabendo que estou tentando afastar imagens ruins. Mesmo sem palavras, ele entende que preciso de um ponto de foco. Não posso me deixar dominar pela raiva, mesmo que ela ainda reverberasse em meu corpo, como uma onda elétrica.

— Tem razão — ele murmura, suavizando o tom. — Ela podia devorar um pote de sorvete em minutos.

A menção do sorvete me faz lembrar de sua luta, e é difícil não deixar que a tristeza tome conta. Mas Ceyas é hábil em afastar esses pensamentos de mim, como se estivesse me puxando para fora de um turbilhão.

— Mas tortas, eu fui negligente com isso — ele continua, como se quisesse me distrair com algo simples.

Olho para ele, tentando me recompor. Não quero que ele se sinta desconfortável por minha causa.

— Não acho que