143. Lua Quebrada – parte 5
Ceyas
— Você vai falar direitinho o que tem feito com o Rira — declara Lugi. — Tenho certeza de que tem uma maneira de ajudar ele — murmura meu amigo.
O choque de saber que meu irmão tem cometido atos de canibalismo ainda não se assentou em sua cabeça, mas não temos tempo para deixar ele brincando com nossas mentes. Ainda me preocupo com o que disse antes, sobre não haver tempo.
— Ajudar? Não tem mais volta — garante, mas não é possível, todas as coisas têm mais de uma via.
Esse problema tem uma solução. Até mesmo a morte pode ser enganada; sabemos disso, pois temos uma vida extensa que não é dada às pessoas comuns. Aprendemos a lidar com a passagem de tempo mais longa de nossas existências.
— Seu pai percebeu que Rira não é mais aquele garotinho que o obedecerá em todos os momentos, e sabe o que se faz com um cachorro que morde a sua mão? — A sua questão eleva os meus batimentos cardíacos, porque as imagens que se formam em minha cabeça são perigosas demais. — Você sacrifica aqueles q