Os olhos negros de Adriel revelaram um toque de dor, e ele suspirou:
— Saia e espere lá fora. Daqui a pouco eu a levo para casa.
Só então Berenice, relutante, saiu rebolando para fora do quarto.
— Assine os papéis. — Disse eu, friamente.
De repente, Adriel se sentou ao lado da cama, segurou minha mão e disse:
— Amor, me perdoe. Finja que nada aconteceu. Nós temos nosso bebê, não temos? Vamos viver bem e criar nosso filho juntos.
Olhei para a porta do quarto, onde Berenice espiava para dentro, e pressionei os lábios:
— E ela? Você consegue cortar completamente os laços com ela?
Os olhos negros de Adriel estavam cheios de relutância e hesitação. Ele mordeu os lábios e disse:
— Eu já pensei em tudo. Você pode ficar no sul e eu a mando para o norte. Assim, vocês ficam separadas, cada uma de um lado, sem se cruzarem. Pode ser assim?
Me levantei num instante e dei um tapa forte no rosto de Adriel!
Esse tapa era algo que eu deveria ter dado no dia em que ele me traiu.