Deve ser difícil pra ela entender. Ela tem o corpo normal que responde normalmente aos seus comandos e desejos. Eu perdi isso e embora o Nick esteja empenhado em me devolver o controle do meu corpo, eu não aguento mais me sentir inútil de tantas formas diferentes.
— Não é mais a mesma coisa, sabe. Antes, ele chegava do trabalho, me olhava, eu olhava pra ele, e a paixão e o desejo eram tão grandes que a gente acabava se engalfinhando pelas paredes do quarto, ou no sofá da sala, ou na pia da cozinha...
— Isso é muita informação. Por favor, eu estou comendo. — ela me para com uma careta, a mão erguida e os olhos fechados.
— Só estou tentando dizer que nós perdemos isso. Tudo o que temos agora é um sexo lento e cuidadoso.
— Não há problema nenhum em fazer sexo assim, Ellen.
— Eu sei. Mas e se algum dia ele chegar cansado demais e tudo que ele quiser for dar uma rapidinha antes de dormir apenas pra aliviar o estresse? Eu não vou poder fazer isso por ele. E ele não vai me permitir ajudá-lo