David
— Mais uma, por favor!
Pedi para o garçom, erguendo o meu copo vazio e enquanto aguardava a minha bebida, meus pensamentos me levaram para a garotinha, entrando no salão da livraria e a chamando de mãe. Uma filha. Nem mesmo nos meus sonhos, conseguiria imaginar isso para mim. A menina tem tudo de mim; o mesmo tom da pele, dos cabelos e dos olhos. Não tinha como eu me enganar com as minhas próprias conclusões.
Agora está explicado o fato de Yaidis sempre ter pressa de me tirar de lá. O tempo todo eu achei que era por causa dele. Mas não, a m*****a estava escondendo a minha própria filha de mim!
O garçom pôs o copo cheio em cima do balcão e eu o peguei, sorvendo imediatamente metade do líquido que havia dentro dele e encarei o espelho, por trás das prateleiras de vidro transparente, a minha imagem.
— Nossa, você não me parece nada bem. Eu me chamo Savana e você é o... — Uma linda e estonteante mulher disse sentando-se no banco ao meu lado.
— Uma péssima companhia — respondi d