O dia estava acinzentado, não fazia frio nem calor, meu pai diria que era um bom dia para iniciar uma guerra, o sol não iria atrapalhar a visão dos soldados e não haveria chuva para deixa o solo escorregadio, sem dúvidas era um bom dia para guerra ou talvez um bom dia para morrer.
— Estamos prontos para partir. — Reno disse caminhando na minha direção.
— Preciso ver alguém antes. — Falei.
— Quem? — Ele perguntou sem paciência.
— Anny, preciso libertá-la. — Reno olhou para Rafi que pareceu concedido.
E ela estava encolhida no canto, parecia estar chorando, seus cabelos estavam sujos e suas roupas rasgadas, vi que tinha uma tornozeleira no pé, e suas mãos estavam amarradas. O lugar não era o mais limpo, o que era de se esperar sendo um lugar improvisado, havia um pote de água no chão. E eu tinha culpa, Anny estava assim porque eu permiti, mas isso tinha que acabar.
— Anny. — Ela levantou a cabeça, me encarou com tanto ódio que por um momento a desconheci, a garota que estava ali,