8: Nada menos que um bilionário

Já não bastavam os problemas que já tinha na empresa. O comentário de Richard demonstra que as coisas iriam ficar piores.

— Esta é Alice Taylor, uma estagiária, que parece ainda não ter aprendido bons modos, como, por exemplo, bater na porta antes de entrar — Vitório diz.

— É um prazer conhecê-la, senhorita — estende a mão para Alice.

Ela olha para ele, com cara de quem não está entendendo nada.

— Não seja rude, Alice, ele está com a mão estendida para você — Vitório diz, ao ver que ela apenas encara Richard sem esboçar nenhuma reação. — Este é Richard Carter, um renomado arquiteto que nos prestigiou com seu conhecimento nesta manhã.

— Me desculpa — aceita o cumprimento.

Ao escutar o comentário de Vitório, Richard percebe que o homem não gosta muito de Alice, então se arrepende de ter dito aquilo e tenta reverter a situação.

— Acredito que ela não sabia que ainda estávamos aqui, não é mesmo senhorita Taylor.

— Não mesmo, recebi informações de que a sala já estava vazia — diz ela — me perdoem pelo inconveniente.

— Não precisa se preocupar com isso, nós já terminamos a conversa, não é mesmo, Vitório? — Richard questiona, olhando para Vitório, que assente com a cabeça baixa.

— Claro, já tínhamos terminado — responde sem graça. — Pode fazer o que já estava prestes a fazer, senhorita Taylor, nós já estamos de saída.

— Obrigada, senhor — responde, começando a juntar as pastas que estão na mesa.

— Que tal um almoço, Richard? — Pergunta Vitório. — É por minha conta.

— Obrigado pelo convite, mas terei que passar desta vez. Tenho um compromisso.

— Tudo bem, irei te acompanhar até a saída, então — Vitório insinua.

— Não precisa, tenho que olhar algumas coisas no meu computador. Se importa se eu ficar aqui mais um pouco?

— Claro que não — responde. — Quando estiver saindo me avise, que irei te acompanhar.

— Não precisa, acredito que a senhorita Taylor possa fazer isso, não é mesmo, senhorita?

Alice esbugalha os olhos para Richard, sem entender o que está acontecendo.

— Claro — responde ela.

— Tudo bem, irei deixá-la encarregada disso. Alice, por favor, vê se não comete nenhum deslize. — Vitório ordena e depois sai da sala.

Estar sozinha naquele lugar com Richard a deixa um pouco constrangida, mesmo assim, continua o que está fazendo, mesmo notando que ele a observa.

— Arquiteta? — comenta Richard. — Estou surpreso por vê-la aqui. Achei que, por ter um pai delegado e uma mãe advogada, iria pelo mesmo caminho deles.

— E os filhos precisam seguir a carreira dos pais? — pergunta.

— Não precisamente.

— Também estou surpresa com a sua presença. Jamais imaginaria que você pertencesse ao ramo da arquitetura.

— O que achou que eu fazia? — Se aproxima dela.

— Não sei, não tive tempo de pensar muito sobre isso. — Sente suas bochechas corarem, por notar a proximidade dele.

— Você saiu de casa tão cedo, achei que tomaria café comigo.

— Tive que fazer algumas coisas antes de vir para cá — explica.

— Foi algo sobre o que aconteceu hoje?

— Não quero falar sobre isso.

— Tudo bem, então quer falar sobre a nossa noite?

— Não — responde rapidamente, sentindo-se constrangida. — Não disse que tinha coisas para fazer no seu computador? Por que está aqui conversando comigo?

— A história do computador foi só uma desculpa para ficar a sós com você — confessa. — Seu chefe parece pegar bastante no seu pé.

— Você não imagina o quanto.

— Isso deve te deixar bastante estressada — continua.

— Pode acreditar

— Vamos comer juntos? Prometo que posso te fazer ficar mais relaxada.

Ao dizer isso, ele se encosta nela e deixa um beijo em seu pescoço.

— Para com isso — Alice se afasta rapidamente, como se tivesse acabado de levar um choque elétrico. — Como você consegue agir assim com tanta naturalidade?

— É meu jeito, não posso conter.

— Nos vimos pela primeira vez ontem e você age como se me conhecesse há muitos anos.

— Eu não gosto de perder tempo e, para falar a verdade, o seu jeito me faz ter essa atitude, já que consigo ser bem real com você.

— O que quer dizer com o meu jeito? — pergunta curiosa.

— Eu te conto se vier comigo — sugeriu.

— Está jogando comigo?

— Claro que não, só quero ter a sua presença por mais tempo — lança um beijo no ar para ela.

— Não posso ir, quero adiantar algumas coisas para sair mais cedo.

— Tem certeza? Prometo que não farei nem falar nada que te deixe constrangida.

Mais uma vez, ele se aproxima, segurando a sua cintura e a puxando para um beijo.

— Amiga, não acredita no que acabei de ouvir… — Sem ao menos bater na porta, Laila entra na sala e presencia Alice e Richard se beijando.

Os dois se afastam rapidamente, tentando disfarçar.

— O que aconteceu, Laila? — Alice pergunta, sentindo as suas pernas estremecerem.

— É melhor eu voltar outra hora — vira as costas para sair, mas para ao ouvir a voz de Richard.

— Não precisa ir, eu já estou de saída — diz ele. — Te vejo em casa — sussurra para Alice, que continua paralisada com o flagra.

Richard sai da sala, deixando as duas mulheres a sós.

— O que foi que acabei de ver aqui? — Laila pergunta.

— É ele, Laila — responde Alice.

— Ele? Como assim? — confusa, questiona.

— O homem com quem estou dividindo o mesmo teto e acabei passando a noite.

— Você está louca? Por acaso, você sabe ao menos quem é Richard Carter?

— Não, eu não sei nada sobre ele.

— Amiga, ele é um dos homens mais ricos dos Estados Unidos. Além de um escritório de arquitetura, a família dele é a dona da maior importadora de vinhos da América do Norte.

— Você está brincando comigo — zomba, sem acreditar.

— Não, não estou, você passou a noite com um bilionário, minha querida, tem noção do poder aquisitivo que esse homem tem?

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