Sun se conformou desde cedo que as pessoas não aceitariam a sua peculiaridade. A prova disso era seu pai, que teve coragem de abandonar sua mãe quando ela tinha apenas cinco anos de vida. Mãe e filha sempre foi assim. Mesmo sendo unidas, sendo elas contra o mundo, Sun nunca teve a coragem de contar a sua mãe, os pesadelos que a assombravam. Mudança de vida drástica, após se mudarem de casa e ela de escola, ela passou a se ver num novo grupo de amigos. Ethan sempre deixou claro suas intenções, mas se quisesse ter algo com ela, ele tinha de começar a se portar. A pesar de indecifrável e manipulador, Ethan não era preconceituoso de tal modo que detestava que a tratasse mal. Nem tudo que é bom dura. Fantasmas saem das sobras e torna-se seus piores pesadelos. Ethan se vai, o pai de Sun seu decidi sair das sombras. Um psiquiatra? É sério? E depois de tanto tempo você acha que tem algo moral da minha saúde mental? Sou seu pai, me respeite! Porque você não morre?
Ler maisSun encostava sua cabeça na janela da camionete. Enquanto sua mãe matinha uma conversa aleatória com o seu amigo, que está as ajudando na mudança. Sendo que elas, não tem dinheiro pra pagar um carro de mudanças. A camionete é usada pra trabalhos duros como, carregar área, cimento, matérias de construção, entre outros. O barulho vindo das engrenagens do velho carro ( Canter ) causam um desconforto auditivo a jovem que tenta sem sucesso dormir.
— Vou sentir saudades vossas, espero que corra tudo bem nessa nova cidade.
— Eu também vou sentir as suas, do bairro e da minha família não digo o mesmo!— Mercy deu um sorriso de lado, diferente de seu amigo que explodiu numa gargalhada.
O sentimento de Sun, quanto a mudança é apático, não sentia nada, não iria sentir falta de ninguém – talvez dos seus primos menores – pra ela era um alívio, estava feliz por finalmente sua mãe te terminado de construir a casa Delas. Ninguém voltaria a humilha-las, não viveriam de favor, não teriam que engulir todas as farpas de seus tios, finalmente algo só delas.
Não só mudou de casa, como mudou de escola. Sua mãe se negava a deixar sua filha continuar estudando naquela escola. Por sua mãe, ser professora na instituição, alguns alunos diziam que Sun era favorecida, que a mãe sempre acrescentava as notas dela. Sun é frágil de nascença, não pode fazer grandes esforços físicos, mais não foi desse modo que seus colegas entendiam. Sem falar na anomalia que está cravada em seu rosto, até o fim de sua vida. A HT antiga escola em que ela estudava, fechava os olhos pra o bullying. Isso fez sua mente viajar, ao dia em que...
— Sol, Sol acorda já chegamos — sua mãe a chamava de Sol, pra Mercy, Sun é o Sol de sua vida. O Sol que vem depois da tempestade, o Sol que aquece seu coração, o Sol que ilumina seus dias, a astra rainha de sua vida. Sun afasta seus cabelos loiros, tão amarelos como a luz do Sol, afasta seus cabelos do rosto, e desce da camionete num pulo. Ajeita as calças.
— Uau, é quase alguma coisa — disse se referindo ao bairro, ao quarteirão em si onde vivem as famílias de classe baixa – não são ricas, nem miseravelmente pobres, somente tem o suficiente pra se sustentar – se esticou pra se sentir acordada.
— É melhor que lá, você sabe!
— Eu sei mãe, já não posso elogiar o bairro?! — disse retórica, a mãe revirou os olhos indo pegar as malas
— Onde deixo?
— Sol, leva as chaves e vai abrir a porta pra ele.
— Certo.
Ao todo seriam dois dias de arrumação. Não tinham nem muita roupa, nem muitos objetos.
✶⊶⊷⊶⊷❍⊶⊷⊶⊷✶
Mercy De Souza, conheceu Calisto Monteiro quando tinha apenas 20 anos. Mercy vem de uma família humilde e de língua afiada, nos seus irmãos ninguém concluiu o ensino secundário, as condições não permitiram. Na época em que se conheceram, Calisto, tinha seus 42 anos caracterizado por ser um homem sério e modesto. No início houve uma certa divergência entre ele e a família dela, que não o aceitavam como genro, devido a sua diferença de idade. Sem se importar com os olhares julgadores, eles noivaram. Diferente de Mercy, Calisto vem de uma família bem sucedida e renomada, mesmo que nem todos tenham concluído a faculdade. Não chegaram a casar se, pois no ano em que marcaram, Mercy acabou ficando grávida.
Nove meses depois nasceu, uma bebezinha heterocromica. Uma bebezinha de olhos diferentes, onde já se viu? Ao menos em Malvo, esse tipo de anomalia ainda é nova e pouco conhecida, pessoas pouco cultas acabam achando que isso é algo relacionado a espíritos ou maldição!
As brigas começaram, a família de Calisto aconselhava-o a terminar o noiva com ela e se separar. Alegado que a pequena criança heteocromica era fruto de traição. Pra pessoas cultas que é a família de Calisto, naquela situação se comportaram como iletrados e primatas. A verdade aquela família não gostava de Mercy, muito menos queria que ela fizesse parte da família. Por isso, aproveitaram se dá situação.
Com cinco anos a garotinha via a relação de seus pais decair, Calisto exigiu um teste de DNA. Sem delongas foi feito e deu positivo, Mercy não conseguia suportar mais tamanhas humilhações. Ser acusada de adultério pra uma mulher que amou de corpo e alma um único homem é o ápice da epifania. Não a maior dor que ver o homem que você ama, o pai de sua filha. Olhando pra criança como se fosse uma aberração. Mercy arrumou suas coisas, pegou sua pequena e foi se embora.
Calisto até tentou se redimir depois de receber a confirmação do teste. Veio com uma conversa mal construída pra justificar seus atos. Tarde demais. Era tarde demais pra isso. A ferida já tinha sido criada, e só Deus sabe cicatriza-la.
Quando voltou pra suas origens, Mercy já tinha plena noção do que lhe esperava. Não seria recebida de braços abertos, sim facadas, farpas e baldes de água fria. Só não a mandavam embora, pois seu falecido pai tinha um grande carinho por ela, e graças a ele conseguiu dar um teto pra sua filha. Cinco anos de humilhação dentro de sua própria família, durante cinco anos ouviu sua filha sendo acusada por tudo e por nada, qualquer coisa que se estragasse a culpa seria de Sun. Só não a batiam por que isso Mercy não admitia. Podia estar vivendo de favor na fazenda de seus pais, mais ninguém tocaria em sua filha, alguns dias dormiam sem comer pois seus irmãos faziam de propósito que a comida não service pra elas.
— Se fez de esperta, foi se relacionar com um coroa esperava que o que? Que ia ter uma vida de rainha e viver num condomínio super luxuoso? Se ferrou irmãzinha, de volta ao campo.
Quando seu pai morreu, ela já tinha conseguido juntar uma certa quantia em dinheiro. O mesmo que usou pra alugar um condomínio que ficava no mesmo quarteirão que seus parentes viviam. Para Mercy nada caí do céu, além de chuva e granizo.
Com onze anos Sun sofreu uma pneumonia aguda. Foi um ano de pleno sufoco pra Mercy, pois Calisto havia entrado na justiça querendo a guarda da pequena, alegando que Mercy não tinha condições nem capacidades de cuidar da filha. Sendo que a menina estava num estado crítico, a audiência foi adiada e perdeu um ano de escola. Com 14 anos, na HT ( antiga escola ) Sun foi espancada por um grupo de alunos devido a peculiaridade de seus olhos e a raiva que sentiam, por ela ser a filha da professora. Como não estava ninguém na sala de aula, até mesmo as garotas que diziam ser amigas dela, não fizeram nada pra a ajudar. Devido as gritarias e objetos se quebrando, os professores foram até a sala onde acontecia o tumulto. Mercy teve de engulir as lágrimas pra acudir sua filha...e desse modo perdeu mais um ano de escola.
— Eu me pergunto, se o papai vira nós levar de volta, ou está nos abandonando.— Emily, indagou sentada no colo da tia.— Ele vira, ele só tá muito triste. Raras vezes ele experimentou essa dor, ele não sabe o que fazer nessas situações.— Emily, é loira de olhos azuis. Seus cabelos são curtos e cacheados.Lucky deu uma pausa do que estava mexendo no celular e encarou sua esposa e sua sobrinha, dizendo — Ethan, nunca irá os abandonar, ele é obcecado por vocês.Emily que é mais emotiva tentou se agarrar a essa esperança. Lucky se levantou para ir ao banheiro. Nesse estante Liam saia do quarto de sua avó, no qual estava dormindo. Ao chegar na sala, foi atraído pelo brilho de ecrã no celular de seu tio, aproximando-se viu a imagem de enviada via satélite de um avião despedaçado próximo ao mar mediterrâneo. Ao lado do mesmo algumas mensagens trocadas, com um número não identificado.Aquilo fez o coração de Liam se agitar, seu coração bombando o sangue descontroladamente por todo seu corpo.
O Pensador é contra violênciaMas aqui a gente peca por excesso de paciênciaCom o rouba, mas faz dos verdadeiros marginaisSão chamados de Doutor e Vossa ExcelênciaGabriel Pensador.Tribunal Supremo.14 de Março, 12:33. Os órgãos do Ministério Público se questionavam contra a decisão de Ethan, que sendo o único com legitimidade para meter um processo contra o Presidente, por ser o Procurador-geral, assim o fez. Esse ato não é comum, quer dizer, o país já estava preocupado com o desaparecimento do Presidente, para agora um processo contra ele estar em andamento.O Procurador-geral é nomeado pelo presidente, e exonerado por ele mesmo. Por isso, é comum, que ele defenda os interesses do Presidente, o não o incrimine. A atitude de Ethan, tinha surpreendido a todos, mas essa era uma justiça que interessa sobretudo ao povo, não era uma caso que podia ser abafado ou deixado de lado.12:34. Um helicóptero sobrevoa o Tribunal Supremo, uma escada é solta, e junto dele, o presidente vendado.
If I'm a pagan of the good timesMy lover is the sunlightTo keep the goddess on my sideShe demands a sacrificeDrain the whole sea, get something shiny🎶No dia seguinte Ethan estava de volta, suas energias tinham voltado. Tinha traçado novas metas. Com a conversa que teve ontem com Sun, sentia que tinha de recompensar o tempo perdido. Queria conhecer mais dessa nova Sun, queria saber até aonde sua amada tinha mudado. Estava ansioso para acender a paixão a muito adormecida entre os dois.Isso é algo que muita gente não entende. Passou-se tanto tempo. Sun e Ethan tiveram a oportunidade de conhecer pessoas novas e maravilhosas, com seus
Após tomar seu copo de whisky, Ethan pegou suas chaves e saiu de seu apartamento.Enquanto dirigia o seu Volkswagem, inerte em seus pensamentos Ethan tentava entender quando as coisas fugiram tanto de seu controle. Em que momento, as pessoas mudaram tanto. Pareciam que já não estavam no mesmo nível de raciocínio. Como se cada um visse a realidade de seu próprio jeito. Cada um construiu seu próprio ideal, está disposto a enfrentar seus próprios riscos e desafios. Cada um dando a vida pelo seu propósito na terra.A meio do percurso, Ethan recordou dos agentes colocados para vigiar sua irmã, então decidiu ligar para ela e marcar um encontro.— Eu não posso a obrigar a comparecer.— Duda, isso não é um pedido. Quero vocês a duas em menos de trinta minutos no hotel Garcia. — encerrou a chamada contornando a avenida.Após chegar no hotel, Ethan esperou mais meia hora até ouvir a porta bater. Levantou-se do assento e foi até a porta. Abriu, olhou para as mulhe
Enquanto Ethan e sua equipe estava averiguando as respostas dadas pelos suspeitos, uma notícia a nação chamou sua atenção.— Estado da nação seqüestrei o presidente e só há uma solução — os agentes se entre olharam. Não faziam nem cinco minutos que os suspeitos saíram do departamento de investigação, sem falar dos agentes que foram colocados na cola deles. Seria impossível que eles transmitissem isso em tão pouco tempo— transmitam pela televisão o que eu exijo como resgate. — a voz era afeminada e robotizada — aviso que muita gente vai preso e poderá haver um massacre, caso aceitem o meu pedido. Mas essa é a única maneira de voltarem a verem o vosso querido.Uma algazarra se formou dentro de departamento. Sendo que graças a Lucky essa informação não e
— Vocês todos receberam intimação?— Khalifa perguntou.— Não, por isso estamos na casa do Hugo.— Yolanda respondeu óbvio.— O Hugo, o Sebastian e Joaquim não receberam intimações. — Sun.— Isso é muito bom, significa que eles não tem totalmente certeza se estamos envolvidos.— Duda.O grupo está reunido na casa do Hugo, que vivi sozinho um dos que não recebeu a intimação.— Yola como seu pai reagiu?— Khalifa zombou.— Meu pai surtou — Ela disse num tom engraçado — Só que ele sabe que a filha dele, não tem coragem para tal.Sua palavra que tinha duplo sentido, fez o grupo cair na gargalhada.— Mas temos de ter cuidado?— Duda disse seria olhando em seu computador — estou a dias tentando hacker a base de dados da procuradoria. Mas o nível de segurança é altamente qualificado.— O esquema é — Joaquim olhou para eles sério — Negar,
Último capítulo