Capítulo 04

       Dois meses se passaram... No quarto de Nicole...

       As duas conversavam sentadas na cama. Eram três da tarde e lá fora fazia um sol agradável, mas elas preferiam ficar ali, até porque o que tinham para conversar não poderia correr o risco de ser escutado por ninguém.

   — Amiga, sabe que se precisar é só me ligar que eu te busco onde você estiver. – avisou Nicole olhando-a um tanto preocupada.

   — Tá, fica tranquila amiga, não vai acontecer nada. Não aguento mais essa sua insistência nisso. – reclamou Paula balançando a cabeça leve e negativamente.    

   — Você sabe que eu estou muito desconfiada desse convite, não é?

   — Sim Nicole, já estou cansada de saber disso. Já acabaram as aulas, estamos de férias já tem um mês e você está aí, com essa baboseira toda.

   — Mas Paula, você é louca de ter aceitado esse convite. – comentou receosa. — Vocês mal se conhecem.

   — Ora, nós vamos nos conhecer melhor nessa viagem. — Paula piscou para ela, sorrindo.

   — Para sua boba, eu estou falando sério. – deu um tapinha em sua mão.

   — Essa atitude dele não está me cheirando nada bem.

   — Chega Nick! Você vai estar lá, prometo que se acontecer algo eu te ligo. Não sem preocupe. – insistiu impaciente.

   — Assim espero. – rebateu encarando-a séria.

       Paula se jogou pra trás deitando na cama e ela logo fez o mesmo, irritada.

   — O que foi Nick? – disse Paula observando-a.

   — Preocupação, só isso. – respondeu-lhe um pouco áspera.

   — Não fica assim vai. – pegou a mão de Nicole virando-se de lado para olhá-la. — Não vai acontecer nada, pense positivo, tá bem?

   — Por que será que eu sou a única que consegue enxergar maldade nisso?

   — Nick, você já está me deixando irritada. – Paula soltou sua mão e se levantou de imediato, olhando-a séria. — Você quis me ajudar lá atrás. Não vai dar pra trás agora, não né?

   — Tá, eu não falo mais nada. – reclamou revirando os olhos.

       Então Paula deitou-se novamente e se virou de lado colocando sua cabeça no ombro dela.

   — Obrigada por me ajudar a ajudar alguém. – disse olhando para o teto.

   — Só você mesma sabia? Espero que não se arrependa depois. – Nicole a olhou séria. 

   — Pode deixar amiga, vai ficar tudo bem e eu não vou me arrepender. – rebateu desviando seu olhar para ela.

   — É o que eu espero.

       Dias depois...

       Daniel e Paula se encontraram na frente da escola. Ele a esperava encostado no carro de braços cruzados. Vestia um bermudão azul marinho e uma camiseta branca, estava de tênis branco e óculos escuros, com os cabelos loiros jogados para trás.

       Quando Paula vinha chegando, não reparou de imediato que ele já estava no lugar marcado, e ao se aproximar um pouco mais, o viu. Ao olhá-lo, ficou hipnotizada e isto fez com que seu coração acelerasse, porém tentou agir naturalmente quando chegou mais perto de onde Daniel estava.  

   — Demorei? – indagou de repente o fazendo olhar na sua direção.

   — Não, eu cheguei faz dez minutos. – respondeu alguns segundos depois.

       Ele a olhou, por cima dos óculos e logo notou que o verde lhe caia muito bem. Prestou a atenção em cada detalhe do seu vestido como se admirasse sem realmente ter essa intenção.

       Paula estava com um vestido verde com estampa de grande flores. Este estava na altura das suas cochas e tinha alças largas. Era justo até a cintura com a barra solta. Calçava sandálias de saltinho na cor bege e seus cabelos negros e lisos estavam soltos.

       Sem perceber, Daniel a ficou observando de modo intenso, como se estivesse em transe. Pra ele, o uniforme da escola lhe caia muito bem e por vê-la tanto com tal roupa, era estranho vê-la com vestimentas diferentes. Por mais que não quisesse admitir para si mesmo, Paula era mesmo uma garota atraente o que poderia ser-lhe um problema depois.

   — Oi, terra para Daniel. Tem alguém aí? – disse ela passando uma das mãos na frente dos olhos dele.

   — Me desculpe. – respondeu-lhe acordando de seu transe, tirando os óculos escuros. — Você está muito linda com esse vestido. – elogiou-a sem perceber as palavras que proferia.

   — Obrigada. – agradeceu sem graça enquanto olhava para seu vestido.

       Ele balançou a cabeça um pouco, tentando se desvencilhar de seus pensamentos traidores a respeito dela, sem que percebesse. Depois que ela o olhou com um meio sorriso, Daniel abriu a porta pra que entrasse no carro.

   — Vamos?

   — Onde ponho isso? – perguntou mostrando a mala de tamanho médio a qual segurava.

   — Ah sim, que cabeça é a minha.

       Ele colocou a mão momentaneamente na testa como se estivesse lhe repreendendo mentalmente por sua pequena gafe e logo depois pegou a mala dela e colou rapidamente no porta malas. Enquanto isso, ela ficou rindo disfarçadamente das suas trabalhadas.  Após isto, Paula entrou no carro, ele fechou a porta do carona e depois entrou.

   — Preciso te avisar que pra onde vamos é muito longe então...

   — Tudo bem, eu não me incomodo.

   — Você fica enjoada com facilidade? – indagou olhando-a parecendo preocupado.

   — Não, se ficasse já teria tomado algum remédio.

   — Está bem. – deu a partida e eles seguiram viagem.

       Horas depois, quando chegaram lá, ela espantou-se com a rua que era de chão e se encontrava numa parte bem distante de casas, comércios e de movimentação de pessoas. Era praticamente depois de uma boa parte de praias. Quando chegaram na rua da casa, reparou que havia muito o que andar até chegar na parte mais funda da mesma que também era de terra e tinha muitas elevações.

       Ao se aproximarem da casa, Paula percebeu que parecia abandonada, estranhamente parecida com uma casa assombrada como nos filmes de terror, mas achou isso bobagem e preferiu se calar pra não parecer uma criança boba na frente dele.

       A casa era enorme e seu terreno era maior ainda, com espaço de sobra na frente e atrás. Por fora, parecia o quintal de uma casa comum, com grama verdinha e flores. O estranho era sua fachada, que como ficou um bocado de tempo sem ser habitada, estava sua com sua tinta cinza com detalhes brancos no entorno das janelas, empoeirada e suja. Suas telhas já pareciam velhas e gastas e as janelas ainda eram de madeira com alguns de seus frisos soltos, as quais estavam todas fechadas. Tal construção tinha dois andares e parecia ter seu interior bem espaçoso. Mas com esta visão parecia ser inabitável, o que deixou Paula pensando de início que Daniel poderia ter errado a casa ou a rua, porém se ele não disse nada, era porque só poderia ser ali mesmo que iriam ficar.

       Apesar dessa fachada mal cuidada, o jardim parecia muito bem, com flores de vários tipos e uma grama verdinha a qual parecia que deveria ser regularmente cortada, mas sim aquela fachada estranha chamava bastante a atenção.

       Enquanto entravam no quintal, Daniel não tirou os olhos dela para ver sua expressão e assim pôde concluir logo de início que ela parecia bem espantada e ele estava gostando disso, mas não demorou muito para sua alegria acabar porque percebeu de imediato que ela já havia mudado sua expressão ao olhar o interior da casa.

       Paula estava achando aquele interior bem estranho e sombrio, mas no fundo não sentia medo algum já que não se tratava de nada mais nada menos que uma casa mal arrumada, mesmo assim, não quis dar palpite quanto a isso para não parecer indelicada.

       Apôs deixarem suas bagagens em seus quartos, Daniel mostrou o resto da casa à ela. Ficou deslumbrada com as coisas que observava em todos os cômodos. Haviam certos cômodos que a faziam se arrepiar só de chegar na porta e olhar lá para dentro, pois tinham muitas coisas estranhas em seus interiores. Se espantava, mas isso era por achar que essas pessoas que cuidavam daquele lugar eram loucas por deixá-lo naquele estado estranho e tenebroso. 

       Todos os cômodos estavam empoeirados demais com lençóis cobrindo os móveis e cadeiras, nas camas haviam lençóis brancos, porém manchados propositalmente com uma tinta de um vermelho intenso para parecer que era sangue. Havia respingos grandes nas paredes e no chão, tinha um cheiro horrível de naftalina misturada a amônia, formol e álcool, como se fossem quartos de hospitais.

       Daniel só a observava satisfeito achando que tinha feito muito bem o seu trabalho. Ele não desgrudava dela um momento se quer, pois não queria perder nenhum detalhe dessa experiência sinistra a qual estava proporcionando-a.

       Quando eles chegaram à uma enorme sala de jantar, ela acabou se assustando ao ver aquela sala, parecia que um bicho ou algo parecido havia passado por ali e tinha feito uma bagunça sangrenta com as pessoas que ali estavam ou pelo menos ela pensava assim e ele se segurando pra não rir dela que agora sim, estava visivelmente tremula e nervosa. Seu corpo lhe traia com os movimentos trêmulos de suas pernas.

       A sala estava lavada em sangue pelo chão e em todo lugar, haviam corpos dilacerados sob a mesa e cadeias. Pareciam estar ali a mais ou menos uma semana e ninguém parecia se importar com a higiene daquele lugar ainda mais se tratando de uma sala de jantar. Tudo aquilo ali parecia bem real, mas não passavam de manequins bem fantasiados como se fossem pessoas literalmente mortas com ossos e veias expostas. O sangue era um composto químico vermelho que o próprio garoto aprendeu a fazer com seus colegas nas aulas de química, tudo bem real e bem exagerado mesmo, parecia até uma sala de torturas. Os outros cômodos da casa estavam quase do mesmo jeito porque ele resolveu variar um pouco nos cenários.

       Todo aquele trabalho era pura e simplesmente por vingança, por um motivo bobo, por alguém querer ajudá-lo e por isso ter descoberto um pouco mais sobre seu passado trágico. Paula havia feito isso com a melhor das intenções e com o tempo, ela havia começado a sentir algo por ele, algo que foi aumentando e que sente desde a primeira vez em que se aproximou para tentar conhecê-lo e ajudá-lo de alguma forma, porém esta ideia nunca lhe passara pela cabeça e deste modo, quis se vingar por achar que ela era uma intrometida idiota e tinha que pagar por isso.

       Paula ainda estava assustada com aquele lugar, mas procurou se controlar para que ele não percebesse. Sentia que seu medo era irracional já que aquilo ali não poderia ser real. Seria impossível que alguém pudesse deixar aquela casa naquele estado. 

   — Você não está com medo não? – foi a única pergunta que conseguiu fazer naquele momento.                                                                               

       Com a maior calma e quase rindo, vendo a expressão dela olhando para aquilo tudo, Daniel respondeu fingindo indignação:

   — Eu não estou com medo... Isso aqui é assim mesmo, me desculpe por presenciar esta cena... Nossa, eu pedi pra arrumarem essa casa, mas eles não me deram ouvidos. Hoje alguém vai se ver comigo. – se virou fingindo estar irritado e dirigiu-se até a cozinha pra chamar as criadas para limparem aquela bagunça que já estava o deixando enjoado demais, mas antes, foi rápido se esconder, a caminho da cozinha, para poder espiá-la.                                                                                                            

       Ela não sabia se ficava ali o esperando voltar ou se iria atrás dele, mas no fim resolveu ficar, porque não sabia onde havia ido e não conhecia nada, não saberia andar naquele casarão sozinha. Paula se acalmou e continuou ali até ele voltar. Sentou-se em uma cadeira que estava menos suja e por estar um pouco apavorada por dentro, não se mexeu mais até que Daniel voltasse.

   — Isso tudo não pode ser real. – comentou mentalmente observando a sala toda com espanto. — Tem alguma coisa muito errada aqui. Não é possível isso.

       Daniel ficou escondido, espiando-a para ver o que faria e se conseguia ver algum medo nela caso não conseguisse esconder seu pânico. Ele percebia, por mais que ela não quisesse demonstrar que estava apavorada por dentro. Isso tudo não passava de uma vingança divertida para ele, porém nada aconteceu, Paula não se mexia e nem mesmo dava sinais de que estava tão apavorada quanto estava se sentindo naquele momento.

       Depois que percebeu que não iria conseguir nada ficando ali, resolveu voltar e levá-la para conhecer outra parte da casa que era lá atrás. Naquela parte havia um enorme cemitério, que também fora construído por ele, mais um feito quase real.

       O quintal de trás da casa era bem maior que o da frente e por isso conseguiu fazer um bom trabalho com o que tinha e como já estava anoitecendo, isto dava um aspecto mais realista ao cenário.

       Assim que saíram da casa, mais uma vez, Paula sentiu aquele arrepio e já não estava mais se aguentando em pé, suas pernas estavam tremulas demais, mas se controlava para não ter um ataque de pânico na frente dele. Percebeu que tudo aquilo parecia comum demais a ele e por isso queria tentar se acostumar à uma casa tão diferente assim, embora a casa lhe fizesse pensar que talvez existissem mesmo essas coisas de outro mundo. Ela começou a pensar que deveria se acostumar aquilo ali já que iria passar um tempo naquele lugar estranho com ele.

       Enquanto caminhavam, Daniel fazia questão de fazer pequenos gestos disfarçados para que ela olhasse tudo o que ele havia feito. Haviam ossos no chão, cheios de terra e folhas secas típicas de um lugar sombrio como aquele. Em algumas das árvores mais altas, haviam lápides como se houvesse mesmo alguém enterrado ali. As lápides já estavam bem velhas e já não dava para ler o que estava escrito nelas por estarem cobertas de musgo e muito empoeiradas. O ar ali era pesado e quase inalante, claro que Daniel havia pensado nisso também e colocou alguns condutores de fumaça em áreas estrategicamente escondidas naquele quintal. 

       Quase sem respirar, Paula parou de caminhar e perguntou:

   — Daniel, você não tem medo daqui não?

       Ele continuou andando sem parar até as próximas árvores respondendo:

   — Lá vem você de novo com essa pergunta. Por que eu teria medo? Quando eu era criança, vinha passar as férias aqui com meus pais, eu e meu irmão vínhamos brincar aqui quase todos os dias. – mentiu tentando fazê-la se surpreender com o quanto aquilo lhe parecia natural.

       Ela espantou-se com aquela resposta e logo ficou imaginando duas crianças brincando num cemitério, essa era a cena mais bizarra que passava pela sua cabeça naquele momento.

       Paula foi logo interrompida por um barulho que vinha dos túmulos que estavam embaixo das árvores. Quando olhou e percebeu que o chão estava temendo e havia coisas saindo daqueles túmulos, ela começou a correr e logo as coisas que saiam começavam a caminhar atrás dela. Como isto era mais uma parte, muito bem elaborada, do plano dele, Daniel sentou-se numa pedra e começou a rir sem parar.

       Assim que Paula conseguiu despistá-los, voltou até perto dele correndo e ofegante disse:

   — Do que você está rindo? Você deveria estar correndo também.

       Cansado de tanto rir, respondeu:

   — Para que correr se podemos derrubá-las facilmente.

       Pegou uma espada velha que havia feito quando criança com um pedaço de aço um pouco enferrujado destorcido que achou num ferro velho perto dali, e golpeou todos os esqueletos que estavam em volta dela.

       Depois de acabar com aquelas coisas, ela o agradeceu e ficou totalmente desacreditada quando ao o que havia acabado de acontecer. Logo começou a pensar que tudo isso não passava de uma brincadeira de mal gosto e muito bem elaborada.

       Apesar de ter completa ciência de que nada daquilo era real, Paula estava se deixando levar por seu pavor irracional ao se deparar com aquelas cenas sinistras e por mais que tentasse levar isso como se fosse algo totalmente sem nexo e bizarro, não conseguia se desvencilhar de seu medo. 

       Daniel percebeu a expressão que ela estava fazendo, então pensou rápido em algo.

   — Eu entendo o que possa estar se passando pela sua cabeça agora... Sabia que tudo aqui era assim, mas achei que quando chegássemos aqui não estaria desse jeito porque pedi pra arrumarem este lugar. Olha, isso parece brincadeira de mal gosto de alguém porque nós dois sabemos muito bem que fantasmas e esqueletos que andam não existem. – comentou ironicamente.

       Ainda assim, Paula estava desconfiada e doida para saber quem foi o engraçadinho que fez isso. Não lhe passava pela cabeça de jeito algum que isso tudo era obra do cara que a levou para lá.

   — Vem, vamos jantar. – disse ele pegando na mão dela e a arrastando para dentro. — Acho que a cozinheira fez espaguete hoje.

       Mais tarde, quando foi para o quarto que estava preparado para ela, percebeu que ali parecia tudo normal. Não havia qualquer coisa macabra ou suja, este cômodo foi arrumando especialmente para ela. O quarto era grande, com um armário cujo não parecia ser tão velho quanto os móveis que encontrou lá em baixo. A janela dava vista aquele belo jardim que havia na frente da casa. Este parecia iluminado a noite, com postes e pequenas lâmpadas espalhadas em todo seu cumprimento.

       Quando deitou-se na cama cuja parecia grande e aconchegante, Paula olhou para o teto tentando assimilar tudo o que havia visto hoje. Não conseguia entender bem o que estava acontecendo ali e porque estavam fazendo toda aquela cena esdrúxula numa casa a qual parecia maravilhosa de fosse bem cuidada.

       Mesmo com suas desconfianças, tentava pensar que aquele tempo ali poderia lhe ser proveitoso para conhecer melhor o cara por quem estava se interessando cada vez mais.

       Com o passar dos dias, que foi conhecendo-o pouco a pouco, Paula acabou se apaixonando por ele sem nem ao menos pensar que era um idiota e insistia em seu plano maluco de vingança. Ela se apaixonou por ele pelo fato de lhe ser sempre gentil apesar do que fazia secretamente.

       Ela estava começando a se acostumar aos poucos, com os sustos que ainda levava ao ver as coisas aterrorizantes que ele fazia. Só queria estar ali pelo o que sentia por ele, mas por outro lado, Daniel estava vendo seu plano todo ir por água abaixo, porém sempre tinha novas ideias e toda madrugada arrumava alguma coisa para assustá-la, mas a principio não tinha sucesso suficiente e logo depois de alguns dias já não tinha sucesso algum com seus planos, pois além dela estar encantada por ele, já estava começando a achar graça de tudo o que encontrava ali.

       Não demorou muito pra Daniel ter uma ótima ideia infalível para assustá-la. Pensou em fazer aquele mesmo ataque que ocorreu no primeiro dia em que chegaram ali, porém dessa vez, faria com bonecos como se fossem mortos vivos perfeitos e não estaria por perto para ajudá-la, pois dessa vez, seria ele quem controlaria essas coisas. Achava que dessa vez nada iria dar errado já que estaria no controle. Esse era o plano mais ridículo que já havia planejado até agora, ele sabia disso, mas queria mais do que nunca se vingar dela e não iria medir esforço algum para conseguir vê-la assustada seriamente.

                                                              ***

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