Julian continuava a se recusando a cooperar, mas sua memória estava voltando aos poucos. Ele já sabia quem realmente era Eris em sua vida.
E já não tratava Mary tão mal quanto antes.
Apenas eu era a grande lacuna em sua memória.
Ele estava se alimentando muito pouco, apenas o suficiente para sobreviver.
Eu me sentia terrível por vê-lo tão fraco e debilitado, mas aquilo era necessário.
Naquela tarde eu entrei na tenda trazendo dois baldes de água, uma esponja e toalhas.
Ele ergueu o rosto para mim confuso, ao me ver ali.
-- por quê não veio me visitar ontem? Já está desistindo? -- disse com um sorriso irônico.
-- não, eu apenas precisava de um tempo. -- logo peguei uma cadeira e a pus de frente para ele, ao lado das esponjas.
Sem demora eu sentei, e logo tirei sua camiseta suja. Enchi a esponja de água, e molhei sua cabeça. Ele cuspiu um pouco de água longe, o que me fez sorrir.
-- acha isso engraçado?
-- um pouco, na verdade. -- ele não sorriu, mas não estava tão sério quan