O quarto tinha o cheiro de Killer, mas agora nem isso a acalmava, Melia estava encostada na janela, com o rosto apoiado nas mãos, oscilando entre o cansaço e o medo, o corpo tremendo não só pelo frio, mas por tudo o que estava acontecendo.
— Eu não vou aguentar ficar aqui, esperando. — A voz saiu baixa, porém cortante. Cada sílaba parecia ser arrancada de dentro dela. — Não consigo nem imaginar o que aquele monstro pode estar fazendo com a Juno.
Killer a encarou como preocupação, nunca tinha visto sua companheira falar desse jeito e havia em sua expressão uma coisa que costumava assustar os outros, a certeza de quem não aceita que as regras dele sejam discutidas. Por um instante, Melia teve a ilusão de que ele poderia entender, que poderia vê-la como alguém que age por amor, por lealdade, por amizade, mas o que brilhou nos olhos do alfa foi outra coisa.
Ele moveu os ombros, a mandíbula contraída, os músculos do pescoço saltando. A figura imensa na porta era, ao mesmo tempo, uma muralha