Narrado por Eva Solis:
Depois de deixar as meninas na escola, eu me dirigi à área onde o pai costumava viver, com a esperança de encontrá-lo ou pelo menos obter alguma informação sobre seu paradeiro. No entanto, a missão se mostrou mais difícil do que eu esperava.
As vizinhas e funcionárias da mansão, que costumavam me receber me olhavam com um misto de desconfiança e desconforto. O fato de eu ter sido confundida com Ezra, minha irmã, só agravou a situação. As pessoas pareciam achar que eu estava fingindo ser alguém que não era ao dizer meu verdadeiro nome.
O cenário era mais desolador do que eu havia imaginado. A única pessoa que se lembrou de mim foi uma vizinha que conhecia a história de minha expulsão de casa e da perda de minha mãe. Sua empatia era palpável, mas não oferecia as respostas que eu procurava. Ela falava incessantemente sobre como minha mãe era uma pessoa boa e como socializava bem com a vizinhança, uma lembrança amarga de tempos que já se foram.
Aquelas memórias s