3 DE JANEIRO – 2008
Quando a quarta-feira chegou, ainda sentia os sintomas da viagem. O corpo continuava dolorido, a cabeça latejava – embora com menor intensidade. As ideias também estavam confusas, mas ele preferia simplesmente não lembrar nada e não tentar entender o fato ocorrido na virada do ano. Corria o risco de ficar mais louco do que já achava estar.
— Até que enfim! Achei que não viria mais!
Kazuo estava sentado no chão, olhando para ele impaciente. Já havia ligado mais de sete vezes para o seu celular, esquecendo completamente o fato de que Damiano ainda dirigia uma moto e não havia como atendê-lo.
— Você está com uma cara boa. – comentou o guitarrista com amargura, quando o amigo subiu na moto.
— E você com uma cara péssima. – completou o vocalista, ajustando