ANTÔNIA
Pousamos no aeroporto de Salvador às dezenove horas, a viagem foi razoável apesar das turbulências. Hafiq foi um fofo em cada um dos meus ataques de pânico, comprou uns livros de romance para eu me distrair e até fez massagem nos meus pés.
A nossa casa de praia fica em um local de acesso restrito, perto da Costa do Sauipe, região litorânea da Bahia.
É um lugar ótimo descansar, senão fosse à tensão em que eu estou desde que concordei com a ideia absurda de Hafiq de visitar a minha mãe.
Tive uma noite de sono péssima, virei na cama de um lado para o outro a noite inteira e bem cedinho, acordo Hafiq já arrumada para irmos ao hospital.
Somos recebidos pelo Dr. Samuel, um oncologista experiente, que está acompanhando o caso dela desde que se internou. Hafiq faz muitas perguntas sobre o seu estado de saúde e o médico é muito sincero, sem enganar-me com rodeios técnicos.
— Para ser bastante sincero Antônia, ela só está esperando por você. Não há mais nada que possamos fazer, só podem