HAFIQ
Toda a minha família sabe que já é tarde em Londres, certamente é algo muito importante, eu atendo rápido e reconheço a voz, que me cumprimenta visivelmente tensa.
- Masa’u Al-Khair Hafiq. (Boa noite Hafiq)
- Al-Khair An-Nur, Anusha. (Boa noite pra você também, Anusha).
- Kifac? Mabçút? (Como vai? Vai tudo bem?).
Ela continua querendo saber como eu estou. Não entendo aonde ela quer chegar.
- Ana mabçut, Kíflic? Mabçuta? Hífel Hál? (Eu vou bem e você? bem? Como estão as coisas?).
O meu pressentimento não é bom, a minha voz denuncia a minha tensão.
- Kif Báyl, Anusha? (Como está meu pai, Anusha?). Ela ficou em silêncio, algo não está nada bem.
- Anusha, o que aconteceu? Fale comigo?
A ligação é de minha avó Anusha, mãe de meu pai, eu saio da sala andando rápido em direção ao meu escritório, preocupado com o silêncio de minha avó.
Não sei o teor da conversa, se é algo que Tônia não possa ouvir.
Tranco-me no escrit