Eu não posso deixa-los serem demitidos por minha causa, mesmo sabendo que ele vai ficar ainda mais puto da vida decido interferir, bato na porta do escritório.
- Hafiq, abra, por favor.
- Antônia, eu estou em reunião, depois eu falo com você.
Eu abro a porta e ele levanta a sobrancelha, me encarando furioso, os lábios rígidos. A cena que se descerra a minha frente é deprimente.
Youssef, aquele tanque de guerra em forma de homem, está encolhido dentro do terno preto amassado, as feições péssimas, e os outros dois seguranças, estão tão cabisbaixos que os rostos quase esfregam o chão.
- Eu sei o motivo da reunião, por isso eu vim falar com você.
- Agora não é um bom momento.
A tensão aumenta na sala em pontos altíssimos da escala Richter, é certo que o “terremoto Hafiq” vai derrubar tudo e os seguranças olham uns para os outros, apavorados, cada qual querendo salvar a sua pele quando não restar nada em pé.
Ele enfim cede e se dirige aos seguranças.
- Depois eu falo com vocês.
Ficamos sur