ANTÔNIA
Ele abre lentamente os olhos e me sorri preguiçosamente daquele seu jeito despretensioso e irresistível.
— Oi habibi, demorou tanto, o quê Anusha queria?
Eu tenho que mentir pra ele, Anusha confiou o seu drama pessoal a mim, eu não trairei a sua confiança.
— Nada demais, o de sempre, compras e uma manhã de overdose de chás.
Ele gargalha e ajeita Kaled no seu colo, apertando-o forte em seu peito, Kaled envolve o pescoço de Hafiq ainda cochilando e balbucia.
— Papai.
Fingindo não perceber que eu congelei no caminho ao ouvir essa palavra, Hafiq continua seguindo em direção à varanda, alisando os cabelos de Kaled.
— Ainda tá com sono, abni?
Kaled fecha os olhinhos novamente e enterra o rosto no pescoço de Hafiq. Após colocar Kaled no quarto e assegurar-se que ele continua dormindo.
Hafiq me encontra no quarto, sentando-se na cama, observando divertido me ver lutar em vão, tentando desembaraçar e domar os meus cabe