Epílogo

Alguns anos depois

Laura se sentia esgotada, no auge do estresse. Jamais imaginaria que esse era o dia dela, um dos mais importantes e significativos de sua vida, um marco cheio de felicidade, se não estivesse aos cuidados da mãe naquele momento, se arrumando enquanto falava ao telefone.

— Como assim o cano estourou? Do nada?

— Sim, senhora. Do nada — o homem do outro lado do telefone disse com receio — estávamos arrumando o outro cômodo quando ouvimos um estouro. Não sabemos o que aconteceu.

— E que espécie de profissional é você que sequer consegue descobrir como um cano estoura? — reclamou — você não deveria ser o encanador?

— Sim senhora — ela podia ouvir o tremor na voz do homem com quem conversava.

— Laura, calma! — Clara pedia, mas ela estava puro nervos, já acreditando que tudo daria errado.

Tinha uma ansiedade difícil de controlar apesar da medicação e da terapia. Vira e mexe ela voltava e tinha que re

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