Os médicos são rápidos no resgate, mas para mim estão demorando uma eternidade.
Os segundos parecem horas.
Hugo segue desfalecido em suas pernas, tentando acompanhar o que estão fazendo com sua filha.
Estou tomado pelo medo.
“A vítima está com a saturação baixa, vamos, vamos, não podemos perder tempo!”, ouço um dos socorristas dizer.
Meu Deus, ajude!
Cuide da Marcela!
Percebo alguém se aproximando correndo. “Marcela!!!”, grita e sei que é Alexandre desesperado, alguns policiais o seguram.
“Me deixem passar, eu conheço a moça, me deixem passar!!!”, grita ele desesperado.
Tanto Hugo quanto eu olhamos para ele, e os policiais que criaram um cordão de isolamento na área do acidente, nos observam.
Balanço a cabeça, afirmando que ele é conhecido, e eles o deixam passar.
“Meu Deus!!! meu Deus… Marcela, meu Deus amado!”, se desespera Alexandre.
Hugo está ajoelhado, observando toda a movimentação, eu estou sentado na guia, tão inerte quanto Hugo.
Alexandre se abaixa e acaba senta