POV Linnea Uma forte onda de poder sacudiu o carro. Olhei para fora do carro, estávamos em uma estrada pouco movimentada, mesmo assim alguns carros pararam para ver o que estava acontecendo. Muitas pessoas com seus aparelhos celulares nas mãos, filmando tudo. Não sabia o que fazer, nem como poderia ajudar Kael naquela situação. O homem diante de nós, não parecia nem um pouco abalado com a demonstração de poder do Lobisomem diante dele, seu porte físico se assemelhava muito ao de Kael, mas ele ainda era um pouco mais baixo e com menos musculatura. Os olhos de Kael pareciam se tornar mais selvagens, suas pupilas se dilatando enquanto suas mãos em punho tremia furiosamente. O homem colocou a mão nas costas e puxou uma grande faca, fazendo as pessoas ao redor fugirem gritando de medo. ― Agora que conseguimos um pouco mais de privacidade, acho que podemos resolver esse pequeno embate. ― O homem disse com uma voz relaxada e cheia de orgulho. Kael rosnou em resposta, seu corpo tremendo
POV Linnea Eu não estava mais na estrada, aquele lugar estranho era confuso e distorcido, como se moldado pelas mãos descuidadas de uma criança. Uma fina névoa cobria meus pés, o sol parecia se mover rápido de mais. Olhei novamente para o prédio e notei uma grande janela, mas estava alta demais para alcançar. Me aproximei e toquei na parede, que tremei sob meus dedos, me assustando. Olhei para os lados, procurando a estrada, ou o homem que havia nos atacado, mas aquele lugar era completamente diferente de onde estávamos. O Lycan brando também havia desaparecido. Eu continuava sem a minha vendo, então teria de ter cuidado para que o beta ou outra pessoa não me olhasse diretamente. Após caminhar ao redor da construção, cai de joelhos, me sentindo derrotada. Respirei fundo e o aroma apimentado de Kael me envolveu, tão quente e sedutor, me atraindo como um ímã. Olhei para frente e uma enorme porta de ferro havia surgido. ― Que lugar estranho é esse? ― Perguntei, olhando ao redor desc
POV Kael Podia ver seu lindo rosto corado, com a ferida feita por aquele maldito humana, através de seu reflexo no espelho. Ter Linnea em minha casa, usando minhas roupas, mesclando seu doce aroma com o meu cheiro, era algo intenso de mais, até para o meu lobo, que rosnava agitado em meu peito. Seu corpo parecia ainda menos diante de mim, seu rosto mal alcançava meu pescoço. Lentamente, ergui o casaco preto junto a camisa que ela tinha por baixo. Não havia nada cobrindo seus seios e nem a sua intimidade. Sua pele aquecia com o rubor. Linnea parecia sentir meu olhar sobre seu lindo corpo, pois puxou seus cabelos em uma tentativa de se cobrir, esquecendo de sua bela e redonda bunda, que estava virada para mim. Agarrei seus pulsos e os ergui sobre sua cabeça, a fazendo arfar de surpresa. Afastei seus cabelos e vi a extensão se suas feridas. O maldito havia tocado em seu corpo mais do que eu tinha imaginado. Tanto Octavius quanto o pequeno bastardo do Torin, marcaram o corpo de Linnea co
POV Linnea Mantive meus olhos fechados durante o restante do caminho, Kael parecia dormir tranquilamente com o movimento suave do carro. Fiquei pensando em como eu consegui entrar em sua mente. Será que o seu lobo me levou até lá para ajudar Kael? Suspirei cansada. Ainda havia tantas coisas que eu não compreendia, especialmente relacionada aos meus olhos e a joia que eles portavam. Kael se remexeu e baixei meu rosto, sentindo a vibração de um leve ronronar vindo de seu peito, me fazendo rir ao imaginar um homem tão poderoso e grande ronronando. Senti o toque de Kael, seus dedos deslizando pelo meu pescoço e segurando minha nuca, puxando para baixo. Seus lábios tomaram os meus, um beijo mais suave e envolvente. Sua língua passou pelos meus lábios. ― Se continuar tão saborosa, vou devorar você, pequena. ― Senti meu rosto quente e me coloquei ereta, agarrando meus cabelos e tentando esconder meu rosto. O peso sobre minhas pernas desapareceu, mas não me atrevi a virar o rosto na dir
POV Linnea Estava tão envergonhada, não sabia o que estava acontecendo comigo. Meu corpo estava tão quente, a maneira como todo o corpo de Kael tocava o meu, me fazendo suspirar com um misto de emoções e sensações que eu nunca havia sentido antes. Quando me tocou, não foi como da outra vez, não houve dor. Meu coração batia com tanta força que achei que ele fosse explodir pelo meu peito. Algo duro se esfregou contra a minha intimidade, então senti algo se encaixar na minha entrada, empurrando sutilmente. Todo o meu corpo ficou tenso na mesma hora, mas os beijos e carícias de Kael me ajudaram a sentir mais confortável. Ele mandou que eu o abraçasse com força e o mordesse se eu sentisse alguma dor. Queria acreditar que não seria tão ruim quanto ele estava fazendo parecer, mas assim que Kael começou a me invadir, o choque da dor se espalhou pelo meu corpo. Mordi meus lábios conforme Kael continuava a me penetrar. ― Relaxe pequena, você já é muito apertada. Se continuar assim vai acabar
POV Linnea Entramos no carro, Carter colocou Kael no banco de trás e eu fui com ele, tentando baixar sua febre com uma bolsa de gelo. A estrada logo deu lugar a estrada de terra, os solavancos fizeram Kael cair no colo de Linnea, que o segurou da melhor maneira que pode, para que o lobo não caísse. Em vários momentos, Kael despertou, rosnando com o olhar perdido, seus olhos ficando completamente negros. Aquela situação era assustadora, eu não fazia ideia do que estava acontecendo e nem o que eu deveria fazer. A mão de Kael apertou meu ombro, me empurrando contra a porta do carro com violência. Senti o ombro se deslocar e gritei de dor. Kael rosnava com seu rosto a centímetros do meu, sua respiração quente em meu rosto. O carro fez uma curva brusca para a direita, lançando Kael para longe de mim. ― Venha aqui! ― A mão de Carter agarrou meu pulso, me puxando para o banco do carona. Ele então fechou uma divisória, que nos isolava da parte de trás. Os sons de batida, rosnados e tecid
Pov LinneaVoltei a fechar os meus olhos enquanto caminhávamos pela cidade. Sentia o ar se tornando mais fresco, uma brisa gelada tocava meu rosto enquanto as vozes ficavam mais distantes. Apertei minha mão no braço do Beta, com medo de estar sendo levada para algum lugar estranho.― Você disse que íamos ver o ancião. ― Falei nervosa, tentando conter o tremor em minha voz. ― Mas estamos nos afastando da alcateia, não é?― Seus sentidos são mesmo bons. Não se preocupe, ainda estamos indo até o ancião. ― O tom divertido de Carter não me deixou mais calma.― Mas estamos nos afastando muito.― Os mais velhos preferem viver do jeito antigo, não gostam de modernidade e barulho. Chegamos.Abri meus olhos lentamente, percebendo que estávamos no meio da floresta, mas ainda era possível ver os movimentos distantes da cidade. Diante de nós, uma cabana rústica feita inteiramente de troncos com uma densa vegetação crescendo por suas paredes. O Beta subiu os pouco degraus até a porta da frente e pu
POV LinneaHavia um brilho familiar nos olhos do ancião, algo que me fazia lembrar meu avô, que criou meu irmão e eu quando nossos pais desapareceram. O homem recostou na cadeira, relaxado, enquanto eu sentia uma forte tensão crescer no meu estômago.― Ajudá-lo… Infelizmente não é algo tão simples, criança. O pai de Kael passou grande parte da vida buscando a joia que você leva em seus olhos. Essa busca incansável teve seu preço. ― O ancião olhou para Kael, seus olhos pareciam tristes, mas ele mantinha uma expressão neutra. ― A família e a alcateia ficaram de lado, a loucura já o estava consumindo a níveis que nada mais conseguia contê-lo. Kael e seu irmão não tiveram o pai por perto e a mãe também não suportou a pressão de ser uma Luna abandonada. Kael cresceu nutrindo uma grande raiva por seu pai, vendo seu povo definhando enquanto o alpha focava apenas em uma busca cega por algo que nem sabíamos se ainda existia.― Mas todos parecem viver muito bem na cidade. ― O ancião sorriu, fec