CAPÍTULO 92
  Valéria Muniz
  Eu recebi o abraço do Abel, que praticamente deitou sobre mim, e pela primeira vez, senti um toque de carinho espontâneo de Adam pra mim, quando ele tocou na minha mão.
  — Fica calma, Val! O cachorrinho é tão fofo... eu sei que não pode ver, mas posso ser seus olhos, e dizer que é pequenininho, peludinho, branco com algumas cores discretas. Ele já abre os olhos, e é uma fofurinha ao andar.
  — Ah, é?
  — Sim, ele ainda nem latiu! — Abel completou.
  — Théo? — o chamei.
  — Ele foi na cozinha, Val. — Adam falou.
  — Já voltei. Sente-se dona Valéria, talvez tenha desmaiado porque não comeu direito. Eu trouxe uma bandeja, com as coisas que Edineia deixou pronta. — senti Abel saindo de cima de mim, me sentei melhor.
  — Obrigada. Mas, será que não vou derrubar na cama?
  — Não, o serviço veio completo. Me ajudem meninos, do que ela mais gosta? Vou alimentá-la!
  — De queijo! — Adam disse.
  — Ah, então vou começar com isso! — a voz do Théo era animada.