Inácio.
Depois de três meses tentando encontrá-la, sem sucesso, decidi deixar as coisas para em paz e esperar até que Tamires decidisse aparecer. A única coisa que serviu naquele tempo foi avançar com a construção da sala de concertos. O trabalho estava indo bem, o presidente estava satisfeito com isso e, em menos de um mês, eu estaria livre para viajar para onde eu quisesse.
— Inácio — Deixei de prestar atenção aos planos e atendi ao chamado de Davi, o engenheiro estrutural.
— Diga-me.
— Este fim-de-semana vamos sair a festejar. Quer vir conosco?
Era sexta-feira e não era estranho que os outros planejassem para seus dias de folga. Não foi a primeira vez que Davi me convidou, e embora ele sempre o rejeitasse, naquela época eu decidi não aceitar. Seria bom deixar a solidão do meu apartamento e tentar me divertir.
— Irei— respondi — Dá o endereço e eu estarei lá.
Segurei a risada diante de seu olhar atônito.
— Os outros não vão acreditar que aceitou.
— Para tudo há uma primeira vez.
Má