Epílogo

1.

         Estava voando nos céus. Atravessava a grossa camada de nuvens. Sentia as gotículas se condensando em seu corpo. Estava muito frio. Não tinha consciência de que a temperatura ali poderia ser tão baixa. Cristais de gelo raspavam em sua pele, mas não o machucavam. Eram finos como flocos de neve.

         Foi jogado mais ao alto. Ficou sobre o vapor de água e gelo em suspensão. Olhava para o universo enquanto flutuava nas altas altitudes, era uma imensidão de estrelas e marcas horizontais da galáxia que pertencia. O rastro esbranquiçado cobria aquela imensidade de névoa de estrelada. Ali não tinha vento, não havia barulho algum. Apenas o silencio mais agudo. Nada tocava seu corpo, nada chegava aos seus ouvidos. Nenhum de seus sentidos estava sendo aguçados além de sua visão. Estava em um lugar simplesmente perfeito.

         Mas assi

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