390. À BEIRA DO ABISMO
KATHERINE
— Venha, aproxime-se com Alexia, mas deixe esse monstro para trás ou não tem acordo!
Olhei para Elliot; ele não parecia ter a intenção de me deixar ir.
— Preciso fazer isso. Não se preocupe, eu consigo, eu posso — tentei acalmá-lo.
Ele não estava nem um pouco satisfeito, movia-se inquieto, rosnando baixinho.
— Além disso, você não pode subir na ponte, pesa muito; ela não aguentaria — apontei outro motivo lógico.
Eu não sabia exatamente como funcionava essa transformação.
No fim, depois de muita insistência, coloquei meus pés naquela ponte cambaleante.
Era estreita; eu segurava aquela mulher contra o peito.
Ela tentava se soltar o tempo todo, mas não deixaria, pois a vida de minha Lavinia dependia disso.
— Já chega de resistência. Se colaborar, tudo isso acabará logo — balancei-a um pouco, apertando seus braços amarrados, suportando seu fedor misturado com os gases do pântano, que subiam como cheiro de ovos podres.
Dava passos arrastados; quase escorregou por entre uma das tá