145. ISSO É UM SONHO MOLHADO?
CELINE
“Onde estou? Será que não adormeci no cemitério?”
“Mía.”
“Estou aqui, mas também não sei onde estamos. Parece o interior de umas masmorras. Sinto algo interessante mais à frente.”
Interessante? Que tipo de cheiro seria esse?
Olhei ao redor, alerta, e comecei a caminhar por um corredor escuro.
Este lugar parecia tão irreal. Passei as mãos pelas frias paredes de pedra, e o único som era da minha respiração e das minhas botas sobre o antigo chão.
Não sabia para onde estava indo. Caminhava às cegas por aquele labirinto sombrio, ou pelo menos era o que eu achava… mas, na verdade, algo parecia puxar minha alma.
“Será que estou sonhando?”
O corredor terminava em uma porta pesada e antiga, feita de madeira com rebites de aço escurecido, e dois trincos grossos a travavam firmemente.
Como se isso não bastasse, correntes enferrujadas, mas ainda muito resistentes, envolviam toda aquela barreira de segurança.
“O que diabos está atrás dessa porta?” O que quer que fosse, gritava perigo por to