142. NADA É O QUE PARECE
NARRADORA
Sob a luz da lua, naquele clareira, a Selenia enfrentou seus arrependimentos mais profundos.
—Isabella, o que faz aqui?... Como saiu do palácio? Aidan ficou ferido…
—Por que eu não poderia estar aqui, Nyx? —a voz dela rosnou entre os dentes—. Está com medo de que eu tenha descoberto a traição?
Nyx começou a balançar a cabeça, tentando encontrar mil desculpas para dar: o vínculo com Aidan, almas gêmeas, sua resistência a esse amor…
Nada parecia suficiente, e o olhar acusador da feiticeira cortava sua consciência como lâmina.
—Isabella, eu… eu…
—Você… você o quê?... VADIA!... —a feiticeira saiu das sombras, dando passos trêmulos em sua direção.
Nyx estava tão afundada na culpa que não percebia os sinais óbvios, nem fazia as perguntas lógicas.
—Te tratei bem, te acolhi quando chegou num lugar estranho. Só pedi ajuda com meu companheiro e você usou minha fraqueza pra seduzi-lo!
—Nunca foi minha intenção te ferir, muito menos seduzi-lo! —os olhos de Nyx começaram a brilhar em ver