SUSSURROS DAS ESTRELAS - PARTE 2.
— Lucadeli, você não mudou nada!
— Nem você, bela Ali — nome, como todos a conheciam.
— E você seja bem-vindo de novo? — falou Ali, apontando para Alair.
— Obrigado, senhora. É bom revê-la.
De repente, a guardião pareceu se dar conta da situação. Ali se sentou abalada pousando a mão no peito.
— O que aconteceu com minha filha? Vieram com más notícias? Vou carregar essa culpa para o resto de minha vida?
— Não, minha senhora — respondeu Alair — exatamente o oposto, viemos avisar-lhes que ela está na caverna, na nossa morada. Padiah solicitou que nos acompanhem para encontrá-la. E ela está bem, não posso mentir que passou por algumas situações, mas agora está bem.
Ané aproximou-se da mulher. Compreendia o que a esposa sentia. Ambos conviviam em agonia por não saberem o paradeiro da filha. Quando Ané voltou da caverna, renasceu a esperança de um reencontro, que agora se concretizaria. Ali se levantou e sorriu.
— Desculpem. Há tempos, vivemos essa agonia. Prepararei um belo café da manh