CAPÍTULO CENTO E CINQUENTA E QUATRO: NÃO… ELE NÃO PODE.
POV ALICE.
Despertei outra vez e meu corpo ainda estava dolorido e exausto. Olhei em volta e percebi que não estava mais no mesmo quarto de antes. A claridade desse cômodo não era agressiva como a do outro, que era todo branco e parecia um quarto de hospital.
Nesse, a luz era suave e, conforme meus olhos foram se acostumando, pude notar as paredes de um tom creme, os móveis simples, porém elegantes. O cheiro de chá recém-preparado pairava no ar.
Ao virar a cabeça para o lado, meu coração se apertou ao ver minha mãe adormecida, sentada em uma poltrona ao lado da cama. Parece que ela sentiu que estava sendo observada, pois logo acordou assustada e olhou em minha direção.
— Alice… — sua voz saiu preocupada, e ela estendeu a mão na minha direção. Estiquei meu braço e segurei sua mão. — Como você está se sentindo, minha filha? — perguntou mamãe, naquele tom de preocupação. Sorri para ela. Como sou sortuda por Antônia ter me encontrado e me criado.
— Estou me sentindo como se tivesse sido