Sua respiração ia contra a minha orelha. A voz masculina sussurrou para mim:
— Shhh… Eu vou te soltar e você vai ficar quietinha, falou?
Eu assenti com a cabeça imediatamente, desesperada para me libertar e, o mais importante: atordoada com o absurdo fato de que aquela voz me era muito familiar. Assustada demais para tirar qualquer conclusão, aproveitei quando ele me soltou e acertei uma cotovelada em sua barriga. Ele se curvou, gemendo e vulnerável. Recuperei minha faca e parti para cima dele.
— Ei, ei! Julie! — exclamou uma terceira voz. Meu pulso que segurava a faca foi impedido pelo aperto de uma mão gigante e tive que soltar o cabo.
O homem curvado se endireitou, a boca estupidamente aberta para procurar ar. Agora, a luz do lado de fora o iluminava o basta