Luísa
Era semana do meu aniversário, e por algum motivo, eu estava realmente animada. Talvez fosse a calma no trabalho, ou o fato de estar conseguindo avançar nos projetos da pós-graduação — o que, pra mim, já era uma vitória. Eu amava desenhar. E, modéstia à parte, meus últimos desenhos estavam ficando incríveis. Dava um certo orgulho ver no papel aquilo que antes só existia na minha cabeça.
Na terça-feira, recebi uma mensagem da Gabriella:
Gabriella:
“Amiga, quero te levar para almoçar no seu aniversário, e não aceito um NÃO como resposta.”
Ri sozinha. Era tão ela.
Luísa:
“É claro que aceito, você acha que vou recusar comida de graça?”
Gabriella:
“Então combinado. Nos vemos na sexta. Te amo.”
Desde o casamento, não tínhamos nos encontrado com calma. E além de comemorar meu aniversário, poderíamos colocar o papo em dia, matar a saudade. Eu estava realmente ansiosa.
Leonardo me perguntou o que eu queria de presente, e minha resposta foi sincera: eu não queria nada material. O que e