Ponto de Vista de Matilde
Eu estava em pé, tentando controlar a ansiedade, quando perguntei pela conexão mental:
— Seu par?
A resposta veio rápida:
— Sim, eu posso sentir o cheiro dela. Está aqui na casa! É um cheiro novo.
Eu aspirei o ar, tentando identificar algo diferente, mas tudo o que senti foi o doce aroma de couro de Diogo.
— O que cheira? — Insisti, ainda curiosa.
— Bolo de bolacha...
Eu ri internamente, achando graça na descrição.
— Bolo de bolacha?
— Eu não sei, é bolacha com um toque de açúcar. — Ele disse, e percebi que suas bochechas estavam começando a corar.
Eu me perguntei se deveria sentir ciúmes, mas não senti nada. Não como quando Rebeca havia colocado a mão no ombro de Diogo. Naquele momento, eu quis torcer o pulso dela e ouvir o estalo por tocar nele. Um ciúme havia subido dentro de mim como um vulcão prestes a explodir. Mas agora, eu sabia que era mais por causa dela do que por Diogo. Meu ódio por Rebeca, minha loba confundindo intenso desgosto com ciúmes.
Diogo