Nos sentamos e esperamos por Eduardo para nos agraciar com sua presença. Ele finalmente apareceu e não disse uma palavra. Sentou-se à cabeceira da mesa, ao meu lado.
Ele colocou as mãos nas minhas coxas nuas e as acariciou suavemente. Fiquei aliviada por não estar usando saia, porque tinha certeza de que ele teria ido ainda mais longe naquela mesa.
— Como foi a festa? — Ele me perguntou.
— Como deveria ser. — Respondi. Ele sorriu, continuou comendo.
Terminamos a refeição, e era hora de ir embora.
— Alimente meus olhos esta noite. — Ele disse, e senti um frio na barriga. Não sabia o motivo daquela sensação, mas ela estava lá.
Ele não veio me ver naquela noite, como havia insinuado, e acabei dormindo, sentindo-me um pouco desapontada.
Dois dias se passaram, e eu não o vi. Era como se ele tivesse viajado. Temia que tivesse ido para o leste para convencer Léo a me rejeitar. Esperava, por todos nós, que isso não tivesse acontecido.
Naquela manhã, parei diante do espelho para pentear o cabel