— É admirável seu pai ter deixado você dormir aqui hoje. –Digo.
Glenda olha ao redor e às vezes para seus olhos nos quadros espalhados pela casa.
— O que é admirável é minha mãe ainda não ter o matado, se fosse ela, já teria feito isso.
Coloco a mão em meu peito.
— Credo, odeio assunto de morte e essas coisas. Em Dona Colina, morreu a joaninha que eu guardava dentro de um pote. Chorei como se fosse parente minha.
Ouço o riso de Glenda.
— Mas, Marga, me diz, por que não podemos dormir no seu quarto? –Ela questiona.
— Ah, é que a minha avó dorme lá. O sofá é meu companheiro de todas as noites.
Enquanto conversamos, a campainha toca.
— Será que é a pizza que pedimos? Vou lá ver! –Glenda diz, se levantando e indo até a porta.– Margarida, você não vai acreditar!
Me levanto e vou até a porta, ver o que eu não