A água da chuva espirrava por todo lado, atingindo o chão e as calças, elegantes e caras, de Heitor.
Nunca antes ele desejara abraçar Aurora com tanta intensidade.
Parecia que ele havia percorrido a juventude dela, entendendo cada aspecto de sua vida.
Seu amor por ela se intensificava, penetrando fundo em seus ossos.
Ele correu até ela, o rosto coberto por algo que poderia ser chuva ou suor.
Seus olhos profundos e escuros se fixaram nela, e sua voz soou rouca e sombria.
— Au. — Murmurou ele, com os olhos vermelhos, acariciando suavemente seu rosto com as mãos delicadas e longas.
Com a voz embargada, ela disse:
— Heitor, eu senti tanto sua falta.
As emoções reprimidas de Heitor finalmente se descontrolaram ao ouvir suas palavras, ele a abraçou fortemente, murmurando repetidamente:
— Au, me desculpe, me desculpe.
“Desculpe por todos os desastres que causei, desculpe por não saber que você era a Número 11.”
Ele sentia que havia falhado em seu amor profundo e decepcionado seu amor o