XIII

Nossas mãos se tocavam no alto e eu sentia o peito de Ash subir e descer com sua respiração, enquanto estava deitada sobre ele.

Na noite passada, havíamos conversado sobre tudo que ainda estava pendente. Nós, principalmente eu, choramos. Eu chorava como uma criança que pedia o colo de uma mãe. E enquanto ele afagava meu cabelo, eu pedia a quem me ouvisse que nunca o tirasse de mim. Jamais conseguiria esquecer Ash, o amor da minha vida. Sempre haveria uma parte minha que se lembraria de quem fomos. Eu estava pedindo para isso acontecer e acreditei que aconteceria. Poderíamos envelhecer juntos e ter uma família, ou mesmo sermos apenas nós dois; já seria mais que o suficiente.

Eu lhe pedi para que me mostrasse mais alguma lembrança, e ele fez isso. Mostrou-me tantas coisas. Mas algumas delas não passavam de vislumbres. Eu sabia que o afetava não conseguir nos manter em sua mente por tempo o bastante antes que aquela memória se esvaísse e se tornasse apenas um vazio entre nós. Prometi que
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