No instante em que Pedro entrou no prédio em chamas, começou a se arrepender.

As chamas eram intensas demais, o calor e a fumaça eram tão sufocantes que ele mal conseguia manter os olhos abertos.

Mas ele tinha que entrar.

Se aquela fábrica fosse destruída, ele certamente não teria nenhum benefício ao voltar para o Grupo Frota. E se Daniele morresse naquele incêndio, a família Amorim jamais o perdoaria.

A única saída era salvar Daniele. Só assim ele teria uma chance de sobreviver.

Logo, Pedro avistou o carro amassado e deformado após o acidente.

O veículo estava tombado no chão, e um líquido preto escorria lentamente de dentro. Ele não conseguiu distinguir se era sangue ou óleo.

Um pressentimento ruim tomou conta de Pedro.

As chamas estavam se espalhando rapidamente.

Ele hesitou por um momento, considerando a possibilidade de simplesmente ir embora. Foi então que ouviu o som agudo de metal sendo arrastado contra pedra.

Alguém estava tentando abrir a porta do carro!