Adrian
Os olhos da minha mãe focam na barriga de Geovana e sei que sua mente está pipocando de perguntas.
— Podemos entrar, mãe? — questiono, tirando-a do seu devaneio.
— É claro, meu filho. Entrem.
Seguro na mão da Geovana e a guio para o sofá grande e espaçoso. Nos sentamos ali e minha mãe se senta na poltrona na nossa frente.
— Querem me contar alguma coisa? — Sei que por trás de sua pergunta gentil está uma exigência severa por explicações.
— Sim — respondo. — Lembra-se quando entrei no cruzeiro clandestinamente?
— Claro, filho, nunca esquecerei aqueles dias de angústia.
— Então, teve algo de bom naqueles dias. Geovana ganhou uma passagem no sorteio e nós nos conhecemos em uma situação bastante engraçada.
Revelo e vejo as engrenagens da mente de minha mãe girando.
— Filho, você conheceu essa moça no cruzeiro que você sofreu... que aconteceu aquelas coisas com você?
Vejo que ela fala com cautela, pois não sabe o quanto minha namorada sabe sobre esse assunto.
— Exatamente isso, e Ge