Luna Medeiros é uma jovem estudante de Direito, de 22 anos, que sempre sonhou em ser uma das melhores advogadas criminalistas do Brasil. Desde muito nova, Luna sempre enfrentou as dificuldades que a vida trazia. Morando com a mãe em um bairro humilde na Grande São Paulo, se viu agora em mais uma dificuldade ao descobrir a doença da mãe. Tendo que arranjar um emprego, ela se verá em uma situação da qual não poderá sair, e com alguém que nunca mais esquecerá. Henry Mendonça é um dos maiores advogados criminalistas do Brasil. Com apenas 25 anos, ele é um dos herdeiros do patrimônio Mendonça. Henry sempre teve o que quis, principalmente as mulheres, charmoso, conquistador e muito possessivo, ele se verá num dilema em que uma mulher o levará do céu ao inferno. Desconhecendo a si, ela o levará No Limite Do Amor. Será possível o amor sobreviver quando tudo o que resta é ódio e mágoa?
Leer másLuna Medeiros
É hoje que eu começo a trabalhar na casa dos Mendonça.
Quando parei de trabalhar como empregada e comecei no meu primeiro estágio, pensei que nunca mais voltaria, e que tudo iria melhorar. Mas há alguns dias minha mãe passou muito mal, e fui às pressas levá-la ao hospital.
Acabei gastando todas as minhas economias com os exames sem me importar, porque eu só queria saber o que estava acontecendo com a minha mãe, e em um deles foi detectado um câncer maligno na bexiga. Não me vi tendo muita escolha por conta da situação que acabou nos atingindo, ainda mais por conta dos medicamentos que precisei comprar, e entrei em contato com dona Sônia, uma amiga de longa data da minha mãe.
Precisava desse trabalho, já que mesmo antes de descobrir a doença da minha mãe, as coisas aqui em casa não iam bem. E o dinheiro do estágio não era suficiente, e depois que me mandaram embora – porque o escritório precisava fazer cortes de gastos e eles preferiram mandar um estagiário embora – tudo só piorou. Mas eu sinto que devo fazer até o impossível por ela, afinal, ela sempre se esforçou por mim e fez de tudo para que eu pudesse ter uma boa educação, e claro… pudesse fazer a minha faculdade de forma quase tranquila.
Somos só nós duas, sempre foi assim, desde que eu posso me lembrar, e essa não é a primeira vez que enfrentamos dificuldades. Então, depois que dona Sônia me disse que tinha conseguido o emprego para mim na casa dos Mendonça, não acreditei. Era um sonho poder trabalhar perto de uma das famílias mais famosas no ramo jurídico, principalmente para uma futura advogada, como eu.
Dona Sônia sempre nos ajudou e agora não quero abusar da sua boa vontade.
Saio cedo, precisando chegar no horário na casa dos Mendonça que também eram conhecidos pelo esquema de segurança deles. Afinal, essa casa está mais para uma fortaleza, rodeada de seguranças e câmeras, do que realmente uma mansão.
E depois de conseguir permissão para entrar assim que eu respondi todas as perguntas necessárias – por conta do protocolo da mansão – vou direto para a cozinha encontrar dona Sônia.
— Dona Sônia. — Chego a chamando.
— Oi, Luna, como você está? — Ela me pergunta preocupada, pois conhece a situação em que me encontro.
Dona Sônia e minha mãe trabalhavam em uma casa há alguns anos, e desde então elas são amigas e principalmente, ela tem me ajudado bastante, desde que soube sobre a doença da mamãe.
— Eu estou bem, obrigada.
— Que bom, minha filha. E como está a sua mãe? — Ela diz, passando por mim, sorrindo, pegando algumas coisas para pôr na mesa.
— Está melhor, só precisa descansar por ordens do médico, mas vai ficar tudo bem. — Digo, ajudando-a com os pratos.
— Essa é uma ótima notícia, filha. Fico muito feliz em ver você fazendo de tudo por sua mãe, ela deve ter muito orgulho de você — ela me olha por alguns segundos enquanto me passa os talheres — Eu teria. — Ela dá um sorriso sincero.
— Obrigada, dona Sônia. Agora, por onde eu começo? — pergunto, notando muitas vozes na casa.
— Bom, Luna, hoje essa casa está cheia de gente, o que significa muito serviço para nós duas. Como disse pra você quando nos falamos por telefone, temos alguns funcionários para cada trabalho específico na casa. Você estará me ajudando diretamente em minhas funções. Basicamente, eu sou a governanta da casa, mas também faço as refeições, é algo que nunca quis mudar, na minha cozinha só eu mexo. – ela explica, o que me faz pensar que a dona Sônia não mudou nem um pouco, considerando o que a minha mãe me conta do tempo que as duas trabalhavam juntas. – Então você irá me ajudar com isso, preparar as refeições e pôr e retirar a mesa, entendeu? – Ela finalmente dá uma breve pausa para respirar. – Ah, e antes que eu me esqueça, aqui está seu uniforme. — Ela diz me entregando ele e eu lhe dou um sorriso.
— Nossa… ele é perfeito! — Digo, olhando meu uniforme. É uma das roupas mais lindas que já vi. Sei que é um uniforme padrão de todos os funcionários, e por mais que seja extremamente bonito, me sinto envergonhada porque sei que ele vai ficar marcado em mim. Dona Valentina foi um amor em fazer ele sob medida, mas… sempre tenho esse problema com as minhas roupas. — Dona Sônia, esse é meu uniforme mesmo?
— Querida, você pode me chamar só de Sônia — ela coloca a mão em meu ombro brevemente ao dizer — E respondendo sua pergunta, sim, esse é seu uniforme.
Deixo um sorriso escapar quando eu escuto isso, porque no fim, eu ainda não consigo acreditar, afinal, esse uniforme é tão lindo quanto os que eu vejo em filmes.
— Que bom que você gostou do uniforme. — Ela diz com um arquear leve nos lábios e eu concordo.
— Sim, ele é lindo, mas é diferente dos uniformes que já usei. — Comento, admirada. É a primeira vez que uso um uniforme tão bonito assim.
— Ele é diferente porque foi a Valentina quem fez, todos os uniformes dos funcionários são feitos por ela, cada uniforme tem um detalhe diferente, é a marca registrada dela. — Fico parada, olhando para ela. Não acredito que foi a Valentina Mendonça quem fez este uniforme.
Dona Sônia olha para mim com uma expressão que deixa claro como está louca para rir da minha surpresa.
— Não acredito, dona Sônia, sério? Nossa… ela é uma das melhores estilistas que já vi. — Eu amo cada trabalho da Valentina Mendonça. Ela é minha estilista preferida.
— Querida, a Valentina faz tudo com muito carinho. — Dona Sônia parece uma mãe orgulhosa ao dizer — Mas eu tenho que concordar que todas as roupas dela são maravilhosas. Mas agora? Vamos trabalhar, que hoje essa casa está cheia de Mendonça e também cheia de trabalho.
— Sério? É alguma data especial?
— E lá tem data especial para esses meninos aparecerem? Já estou até ficando louca com os meus meninos. — Ela fala com os olhos brilhando.
Eles pareciam significar muito para ela.
— Então a família toda está aqui?
— Sim.
Ai, meu Deus! Agora me bateu um frio na barriga, do nada...
— Dona Sônia, agora eu fiquei nervosa. — Falo tremendo, sem saber por onde começar.
Eu não sei o que deu em mim, eu nunca fiquei tão nervosa assim antes, nem quando eu estava esperando o resultado da faculdade de direito.
— Fica tranquila, minha filha! Essa família é a mais humilde que já vi. Com eles, não tem frescura, todos irão te acolher muito bem. — Ela fala, tentando me acalmar.
Respiro fundo e tento acreditar em suas palavras, mesmo ainda estando nervosa. Decido focar em realizar um ótimo trabalho, eu preciso disso, e é o que importa. Nada vai me abalar, vou deixar qualquer medo e insegurança de lado.
— É, a senhora tem razão. Vamos começar?
— Primeiro, vou te apresentar à família Mendonça.
Eita, é agora que vou morrer de vez ou ter um infarto, tinha que ser logo para a família toda…?
— Está bem, dona Sônia. Vou só me trocar e já encontro a senhora. 𑁋 Eu digo, e depois termino de me vestir no quarto de empregada que foi disponibilizado para mim.
Assim que saio, encontro dona Sônia na cozinha me esperando para irmos até a sala, onde toda a família parecia me esperar.
Escuto várias vozes e gente rindo quando chegamos na sala, apenas para todos pararem o que estavam fazendo e olharem para nós. E antes que dona Sônia fale algo, o homem de costas para nós se vira, com um sorriso de tirar o fôlego, e os olhos… Ah... os olhos, meu Deus, são impressionantes de tão lindos.
Sinto algo passar por todo o meu corpo quando seus olhos queimam em minha pele, uma corrente de energia que me faz arrepiar. Céus, que homem é esse?
Luna MedeirosHoje faz mais 5 anos da morte da minha mãe e do meu anjinho, e por mais que eu sinta muito a falta da minha mãe, passei esses últimos anos com certa amargura por tudo o que aconteceu — e poderia ser evitado se… ela tivesse me dito que eu tinha um pai, uma família para quem voltar — e sempre me perguntei o porquê de ela ter me escondido tantos segredos…Nunca foi fácil e olhando para sua carta em minha mão, eu me lembro a primeira vez que a li, e todos os sentimentos que senti…Flashback.Absorvida pelos sonhos que sempre me atormentam, eu acordo de mais um… mas tem algo diferente dos outros dias, estou no quarto em que durmo com o Lucca, porém, não &ea
Luna Medeiros— Alan…? — Olho para ele, ainda chocada — Por que… você fez isso?— Eu sempre vou me sentir culpado por tudo o que fiz com você, Luna… sempre… — Alan fala com a voz embargada — Só espero que com isso, você consiga me perdoar um dia, me desculpe, ruiva... — Acabo caindo com ele nos meus braços...Olho ao redor e vejo Henry segurando a Clara e a arma está jogada perto do corredor, ela não fala nada, não expressa nada, parece em choque...— Alan… vai ficar tudo bem… você vai ver... — Falo enquanto o seguro nos meus braços.Ele levou um tiro por mim… ele se arrependeu, mesmo não tendo sido ele quem tirou minha mãe e meu filho.— Eu sei… que eu fui um filho da puta com você… me desculpe…
Luna MedeirosDepois de um tempo, eu escuto Alan entrar mais uma vez no quarto, depois de eu ter escutado a chegada da Clara. — Ela… já está aí? — Pergunto para ele com a voz baixa, apenas para Alan assentir. — Está, e parece ocupada com a doida da Jasmin… — respira fundo — No fim, só desse jeito para aquelas duas me deixarem em paz. — Então… é só pra isso que a Jasmin está aqui? Pra distrair a sua irmã?— Não… ela era útil, tinha alguns contatos por conta da empresa do pai dela — ele tira uma coisa do bolso — Mas esse não é o ponto, você… vai fugir com o meu carro, certo?— Fugir com o seu carro? — Meus olhos se arregalam em surpresa — Como assim, Alan? — Escuta, a minha irmã acha que eu estou tentando te foder agora. — Ele fala com sinceridade — Então, comece a gritar como se eu realmente estivesse tentando fazer algo que você não quer, e quando eu sair daqui e levá-las para a cozinha que tem aqui… você vai até a saída que fica na entrada à direita, entendeu? Nisso você foge de
Luna MedeirosMinha cabeça dói, na verdade, meu corpo todo dói, e enquanto tento abrir um pouco os olhos, a claridade me faz fechá-los novamente, espero alguns minutos e os abro novamente, observando ao redor. “O que aconteceu?” Acabo pensando, apenas para tentar me levantar e ver tudo girando.Minha cabeça está confusa, não reconheço esse quarto. O tom das paredes num branco tão alvo como a neve, os tecidos dos lençóis de cama são em um tecido fino e preto, sem falar que a cama é enorme , o quarto também tem uma espécie de cruz de metal, e ele é repleto de espelhos junto a uma estante de vidro, com coisas que eu não sei bem o que são. Depois que recobro um pouco mais a consciência, me lembro da conversa que tive com o Lucca, ele saindo e me deixando sozinha e, horas depois, o Alan...Alan… Foi ele... ele me jogou em cima de uma mesa... eu... eu estava ferida...! Olho meu braço e percebo a faixa nele, enquanto me pergunto como ele subiu até a cobertura e começo a me desesperar
Henry MendonçaEu fui obrigado a ir pegar algumas coisas na casa que eu morava com a Clara, e céus… aquela mulher tinha tirado o dia para não sair de perto de mim, muito menos… calar a porcaria da boca.“Se acalme, Henry… você só precisa aguentar um pouco mais, para ela te levar até o irmão dela, e isso tudo acabar…” eu penso comigo mesmo, enquanto me forço a respirar fundo e sorrir para essa desgraçada que acabou com o meu relacionamento com a Luna. — Amor, me diz uma coisa, os Vincenzo vão com a gente ou com o Grecco? — Olho para ela e respondo.— Já te falei, Clara, Lorenzo vai depois com a família dele, o irmão mais novo do Vincenzo e a amiga deles.— Ah, então quer dizer que a vadia vai só depois com o noivo? — Olho para ela me segurando, não posso demonstrar que sinto qualquer coisa em relação à Luna.— Esse é o combinado.— Humm, então vou pegar a outra bolsa que falta. — Assinto e ligo para o meu pai, quando Clara se afasta.— Pai?— Oi, filho.— Tem algo estranho, Clara nã
Clara D'LeonAmanhã é o dia que vou me livrar daquela vagabunda da Luna. Depois que falei com o Alan, ele mandou um recado para mim dizendo que estávamos sendo monitorados, eu sabia que o Henry estava estranho, e eu que isso tinha algo a ver com aquela vadia, ainda bem que nossa rede de segurança é perfeita — afinal, eu pagava pessoas para isso — e eles não conseguiram nenhuma informação. Alan chegou mês passado da Itália, o cara é tão louco que estava lá esse tempo todo vigiando a vadia da Luna, eu sempre soube onde ele estava, mesmo com toda a sua birra para não falar comigo, ele sempre faria o que eu pedisse. Lógico que ele nunca chegou perto dela, os Vincenzo são mais obcecados com segurança do que os Mendonça. Na primeira vez, pensamos que eles não tinham nenhum tipo de segurança — ou pelo menos pouca — e foi um grande engano nosso, eles tinham homens treinados, ex-agentes da CIA disfarçados, sistemas de rastreamento em tudo, então era claro que nem eu e nem o Alan poderíamos
Último capítulo