Quando Enrico entrou no quarto, Sílvia estava parada, pálida como um fantasma, na mesma posição de quem tinha acabado de falar ao telefone, só que o celular havia caído no chão.
A tela do celular ainda estava acesa e vozes ainda podiam ser ouvidas.
"Familiares de Gustavo, por favor, venham ao hospital o mais rápido possível para tratar dos assuntos relacionados ao corpo do paciente..."
Enrico ergueu bruscamente a cabeça para olhar para Sílvia, cujo rosto estava entorpecido e vazio.
Ao sentir o olhar de Enrico, ela olhou vagamente para o celular caído, depois se agachou lentamente, pegou o celular e perguntou com a voz trêmula:
- Você se enganou? Quando estive no hospital ontem, meu avô estava bem.
- Por favor, é a Srta. Sílvia? O contato que você deixou no hospital da Cidade J é este...
A voz do outro lado hesitou, Sílvia ainda parecia não ter reagido.
Ela segurava o celular, agachada no chão, com um olhar perdido nos olhos.
- Alô? Por favor, é a Srta. Sílvia... - A voz do celular so