Nikola.
A brisa fresca bateu contra o meu rosto e eu encarei a lápide intacta da minha mãe. As flores o cercavam, junto com alguns quadros posicionados.
Me ajoelhei ao seu lado e encostei a testa nele, sentindo a tensão me tomar por dentro. Eu sentia que estava traindo o meu sangue.
Tudo podia ter sido diferente, mamãe.
As lágrimas vieram a tona, mas as segurei, prendendo o ar e encarando o céu. Alguns pássaros passaram por ele, piando a alegrando o céu, enquanto o sol batia fraco sobre a grama verde.
Uma borboleta azul se aproximou e pousou na minha mão, a encarei por alguns segundos, antes que ela batesse as asas e pousasse no meu ombro. Ela me rodeou uma última vez, antes de pousar sobre a lápide e permanecer ali.
Fui tomado pela nostalgia, e sorri. Ela estava comigo, eu sabia disso. Ela estava me dizendo que estava tudo bem.
— Nikolai. — Minha mãe me gritou e eu nadei até a borda da piscina.
Ela segurava uma bandeija entre os dedos, e posicionou na mesa.
— Venha comer, querido. —